Lá se vai mais um ano....e o comentário é o mesmo: "Como passou rápido!!!"
Quando tinha 7 anos demoraaaava para chegar as férias...aniversário então, nem se fala...quanto mais idade, mais rápido...é a teoria da relatividade, acredito eu! Espero!
Na minha adolescência li um artigo que me deixou encantada, confiante. Colei na minha agenda. Outro dia, fuçando nas minhas coisas para renovar as tralhas, comecei a ler e pensei: "Essa é a receita certa para uma vida maravilhosa!"
Eis um trecho:
“Siga sua intuição. Não se afaste da verdade e não se deixe iludir pelas aparência, siga firme o caminho e vencerá os desafios. Demonstre seus reais sentimentos.”
Na hora pensei...como eu era ingênua...
Hoje, casada e com uma filha, vejo o artigo assim :
“siga sua intuição ” se o problema for com minha filha, adeus intuição, entro em pânico.
“não se iluda com as aparência” como não se iludir se a maioria dos adulto finge e usa máscara.
“demonstre seus reais sentimentos” sentimentos bons ou maus só para pessoas muito chegadas o restante é bem provável que te chamem de boba ou agressiva.
Ser adulta muitas vezes dói e desilude…
A vida nos deixa tão pouco tempo para aquilo que realmente gostamos, para estar com as pessoas que amamos, para poder ler aquele livro que está na mesinha de cabeceira à semanas, porque o cansaço é tanto quando nos deitamos que só conseguimos ler 2 ou 3 páginas. Nos priva de estudar mais, de fazer mais introspecção, de melhoramos como seres humanos. Não nos deixa ser mais altruístas, para poder ajudar causas válidas e que nos dizem tanto.
Devíamos ter duas vidas: Uma para trabalhar e fazer tudo aquilo que somos obrigadas socialmente.
Outra para fazermos só aquilo que nos desse prazer.
Seria bom!!!
E...como é inevitável...
Que venha 2009!!!
Um ótimo Natal e um Ano Novo inteirinho em branco, pra gente colocar o que bem entender nele!!!
Representante de classe: Claudia
E-mail: cfclfreitas@yahoo.com.br
MSN: Claudiafclopes@hotmail.com
Suplente: Patrícia
E-mail da sala:
pedagogiaunip1a@yahoo.com.br
Senha: ******
E-mail: cfclfreitas@yahoo.com.br
MSN: Claudiafclopes@hotmail.com
Suplente: Patrícia
E-mail da sala:
pedagogiaunip1a@yahoo.com.br
Senha: ******
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
sábado, 8 de novembro de 2008
Blog filosófico...
Desde que tive a idéia de montar este blog da sala, tenho pensado em escrever um post meu, com minhas escritas, minhas idéias. Mas como é um blog mais informativo, da turma mesmo, achava um pouco egocêntrica a minha vontade, então, acabava escrevendo no outro blog que era pessoal. O que fiz eu? Acabei com ele...deletei...exterminei !! Agora não tenho mais a opção que me excluía daqui, vou começar a escrever por aqui mesmo, mas escrevam também vocês, para eu não me sentir só...Exponham suas idéias, critiquem coisas que não concordam, enfim...vamos agitar um pouco esse blog, fazer dele um lugar meio filosófico, uma troca de opiniões e idéias. Aliás essa já é uma idéia, se não concordarem escrevam...
Acredito que a importância de determinada ação ou coisa, depende do quanto de importância damos à ela e ao que fazemos, principalmente se não somos os únicos envolvidos, se existem outras pessoas com as quais nos comprometemos. E por incrível que possa parecer, ainda me deparo com aspirantes à educadores que não respeitam o próximo, não cumprem com suas obrigações e se escondem detrás de teorias furadas, ignorância, álcool e drogas.(Não me refiro a ninguém da nossa turma, que fique bem claro...se fosse diria). É só um desabafo por outra situação que não posso delatar aqui...
Se apenas o educador pode ampliar a consciência em prol de uma transformação social, onde está este educador guerreiro?
Em Pedagogia da Autonomia, apregoa Paulo Freire:
"Não me venha com justificativas genéticas, sociológicas ou históricas ou filosóficas para explicar a superioridade da branquitude sobre a negitude, dos homens sobre as mulheres, dos patrões sobre os empregados. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar. A boniteza de ser gente se acha, entre outras coisas, nessa possibilidade e nesse dever de brigar." (FREIRE,1996,p.60) - Alaaaaa...a Verônica ficaria orgulhosa.....rrsss
Humildemente parafraseando Paulo Freire, eu digo: A boniteza de ser professor se acha, entre outras coisas, nessa possibilidade e nesse dever de brigar. Brigar por um mundo melhor onde haja amor ao próximo, amor à terra, onde haja respeito, honestidade e coragem.
É isso, estou bem feliz em postar pela primeira vez sem apenas passar informações, mas o blog continua com sua importante finalidade jornalística...
bjs
Clau
Acredito que a importância de determinada ação ou coisa, depende do quanto de importância damos à ela e ao que fazemos, principalmente se não somos os únicos envolvidos, se existem outras pessoas com as quais nos comprometemos. E por incrível que possa parecer, ainda me deparo com aspirantes à educadores que não respeitam o próximo, não cumprem com suas obrigações e se escondem detrás de teorias furadas, ignorância, álcool e drogas.(Não me refiro a ninguém da nossa turma, que fique bem claro...se fosse diria). É só um desabafo por outra situação que não posso delatar aqui...
Se apenas o educador pode ampliar a consciência em prol de uma transformação social, onde está este educador guerreiro?
Em Pedagogia da Autonomia, apregoa Paulo Freire:
"Não me venha com justificativas genéticas, sociológicas ou históricas ou filosóficas para explicar a superioridade da branquitude sobre a negitude, dos homens sobre as mulheres, dos patrões sobre os empregados. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar. A boniteza de ser gente se acha, entre outras coisas, nessa possibilidade e nesse dever de brigar." (FREIRE,1996,p.60) - Alaaaaa...a Verônica ficaria orgulhosa.....rrsss
Humildemente parafraseando Paulo Freire, eu digo: A boniteza de ser professor se acha, entre outras coisas, nessa possibilidade e nesse dever de brigar. Brigar por um mundo melhor onde haja amor ao próximo, amor à terra, onde haja respeito, honestidade e coragem.
É isso, estou bem feliz em postar pela primeira vez sem apenas passar informações, mas o blog continua com sua importante finalidade jornalística...
bjs
Clau
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Atividade Complementar...
V CAMPANHA BENEFICENTE – 2008/2
REGULAMENTO
Neste Semestre, no período de 20/10/08 à 31/10/08 aceitaremos doações dos itens relacionados abaixo para a “Campanha Beneficente”, com equivalência de horas para atividades complementares
01 hs Atividades 1/2 kg Macarrão
02 hs Atividades 01 lt Óleo "ou" 01 kg Arroz "ou" 01 kg Feijão
limite de horas : pedagogia pode somente 02 hs no máximo
LOCAL DE ENTREGA: Bloco B – térreo, no período de 20/10/08 à 31/10/08 das 08:30h às 09:30h e das 18:30h às 19:30h.DOAÇÕES QUE EXCEDAM O LIMITE DETERMINADO POR CURSO NÃO PODERÃO SER REAPROVEITADAS.
ESTAS DOAÇÕES EQUIVALEM ÀS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DO CORRENTE SEMESTRE LETIVO.
OBS: EM HIPÓTESE ALGUMA SERÃO ACEITAS DOAÇÕES EM DINHEIRO.
REGULAMENTO
Neste Semestre, no período de 20/10/08 à 31/10/08 aceitaremos doações dos itens relacionados abaixo para a “Campanha Beneficente”, com equivalência de horas para atividades complementares
01 hs Atividades 1/2 kg Macarrão
02 hs Atividades 01 lt Óleo "ou" 01 kg Arroz "ou" 01 kg Feijão
limite de horas : pedagogia pode somente 02 hs no máximo
LOCAL DE ENTREGA: Bloco B – térreo, no período de 20/10/08 à 31/10/08 das 08:30h às 09:30h e das 18:30h às 19:30h.DOAÇÕES QUE EXCEDAM O LIMITE DETERMINADO POR CURSO NÃO PODERÃO SER REAPROVEITADAS.
ESTAS DOAÇÕES EQUIVALEM ÀS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DO CORRENTE SEMESTRE LETIVO.
OBS: EM HIPÓTESE ALGUMA SERÃO ACEITAS DOAÇÕES EM DINHEIRO.
domingo, 5 de outubro de 2008
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Atenção pessoal.....5 horas de estágio de Supervisão!!!!
Palestra dia 10/10
7:30hs, com os supervisores,
contaremos 5 horas de estágio.
7:30hs, com os supervisores,
contaremos 5 horas de estágio.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Para quem estiver disponível e disposto...
A Diretoria local da UNIP recebeu um convite do Conselho Comunitário de Segurança - CONSEG UNISUL e a Administração Regional 08, para participar do 3° Mega Evento que se realizará no dia 12/10/2008 (Dia das Crianças), no Parque das Águas, localizado na Avenida Paulo Correia Viana, n°765, Parque Jambeiro, no horário das 9h00 às 17h00.
Pedem a colaboração dos alunos de diversas áreas para serem monitores no evento.
Caso tenham interesse, entrem em contato com Sr. Fábio pelos telefones 81378429 ou 32780808.
Atenciosamente,
Coordenação Geral
Obs.: A cópia do convite está na pasta de cada Coordenador de curso.
Pedem a colaboração dos alunos de diversas áreas para serem monitores no evento.
Caso tenham interesse, entrem em contato com Sr. Fábio pelos telefones 81378429 ou 32780808.
Atenciosamente,
Coordenação Geral
Obs.: A cópia do convite está na pasta de cada Coordenador de curso.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Semana da Pedagogia
Dias 10, 11 e 12 de novembro
Programação provisória....por enquanto...
Dia 10Manhã e noite
Apresentações culturais dos alunos do curso de Pedagogia
Dia 11Manhã e noite
Prof. Luiz Carlos de Freitas – Unicamp – pesquisa na área de avaliação educacional e institucional. Recentemente publicou um livro sobre a Pós-modernidade.
Dia 12
Manhã e noite
Prof… Edgar Rizzo – trabalha com arte-educação, tem diversos trabalhos na área e é fundador de um grupo teatral de Campinas.
Manhã - Encerramento: grupo de música francesa
Noite - Encerramento: Orquestra Sinfônica de Valinhos
Programação provisória....por enquanto...
Dia 10Manhã e noite
Apresentações culturais dos alunos do curso de Pedagogia
Dia 11Manhã e noite
Prof. Luiz Carlos de Freitas – Unicamp – pesquisa na área de avaliação educacional e institucional. Recentemente publicou um livro sobre a Pós-modernidade.
Dia 12
Manhã e noite
Prof… Edgar Rizzo – trabalha com arte-educação, tem diversos trabalhos na área e é fundador de um grupo teatral de Campinas.
Manhã - Encerramento: grupo de música francesa
Noite - Encerramento: Orquestra Sinfônica de Valinhos
sábado, 6 de setembro de 2008
Endereços de NAED´s e Diretorias de Ensino, para Estágio da M.Helena...
Veja qual é a mais próxima e mande bala...
25 hs - Metade em NAED e metade em DE
(Vale à pena conversar com ela para esclarecer melhor)
NAED Norte
Coordenadora: Marcia Aparecida Goulart de Souza
Endereço: Rua José Augusto César, 494- Jd. Chapadão - CEP: 13070-172
Fone: 3242-7041/ 3242-3340/ 3242-8687
R.H.: 3242-8186/ 3241-2264
E-mail: naed.norte@campinas.sp.gov.br
Unidades Educacionais de Educação Infantil
Unidades Educacionais de Ensino Fundamental
NAED Sudoeste
Coodenadora: Mônica Cristina Martines de Moraes
Endereço: Rua Mogi Mirim, 1040 - Jd. Campos Eliseos - CEP: 13050-175
Fone: 3268-9889/ 3269-6629 / 3229-6399 / Fax: 3267-5555
R.H.: 3229-6300/ 3269-0165
E-mail: naed.sudoeste@campinas.sp.gov.br
Unidades Educacionais de Educação Infantil
Unidades Educacionais de Ensino Fundamental
NAED Leste
Coordenadora: Cássia Regina Arruda
Endereço: Av. José de Souza Campos, 1600- Jd. Nova Campinas- CEP: 13090-615
Fone: 3255-8179/ Fax: 3251-3244
R.H.: 3255-7829
E-mail: naed.leste@campinas.sp.gov.br
Unidades Educacionais de Educação Infantil
Unidades Educacionais de Ensino Fundamental
NAED Sul
Coorodenadora: Silvana Micaroni
Endereço: Rua Pastor Cícero Canuto de Lima, 401- Pq. Itália- CEP: 13036-210
Fone: 3272-8101/ 3272-5784 / Fax: 3272-5784
R.H.: 3272-5979/ 3272-2990
E-mail: naed.sul@campinas.sp.gov.br
Unidades Educacionais de Educação Infantil
Unidades Educacionais de Ensino Fundamental
NAED Noroeste
Coordenadora: Marlene Magnusson
Endereço: Rua Pinguim, 33- Vila Pe. Manoel da Nóbrega- CEP: 13061- 321
Fone/ Fax: 3267-5757
E-mail: naed.noroeste@campinas.sp.gov.br
Unidades Educacionais de Educação Infantil
Unidades Educacionais de Ensino Fundamental
DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO CAMPINAS LESTE
Rua Osvaldo Cruz, 799 - Jd. Nossa Senhora Auxiliadora
CEP: 13076-260
Tel.: (19) 3743 6001
E-mail: gabileste@terra.com.br
Diretoria de Ensino Região de Campinas Oeste
Rua Oswaldo Cruz nº 809 - Jd. Nossa Senhora Auxiliadora
CEP 13076-260
PABX: (19) 3743-6000
e-mail: de-campinasoeste@edunet.sp.gov.br
Sites:
http://decampinasoeste.edunet.sp.gov.br
http://decampinasleste.edunet.sp.gov.br
25 hs - Metade em NAED e metade em DE
(Vale à pena conversar com ela para esclarecer melhor)
NAED Norte
Coordenadora: Marcia Aparecida Goulart de Souza
Endereço: Rua José Augusto César, 494- Jd. Chapadão - CEP: 13070-172
Fone: 3242-7041/ 3242-3340/ 3242-8687
R.H.: 3242-8186/ 3241-2264
E-mail: naed.norte@campinas.sp.gov.br
Unidades Educacionais de Educação Infantil
Unidades Educacionais de Ensino Fundamental
NAED Sudoeste
Coodenadora: Mônica Cristina Martines de Moraes
Endereço: Rua Mogi Mirim, 1040 - Jd. Campos Eliseos - CEP: 13050-175
Fone: 3268-9889/ 3269-6629 / 3229-6399 / Fax: 3267-5555
R.H.: 3229-6300/ 3269-0165
E-mail: naed.sudoeste@campinas.sp.gov.br
Unidades Educacionais de Educação Infantil
Unidades Educacionais de Ensino Fundamental
NAED Leste
Coordenadora: Cássia Regina Arruda
Endereço: Av. José de Souza Campos, 1600- Jd. Nova Campinas- CEP: 13090-615
Fone: 3255-8179/ Fax: 3251-3244
R.H.: 3255-7829
E-mail: naed.leste@campinas.sp.gov.br
Unidades Educacionais de Educação Infantil
Unidades Educacionais de Ensino Fundamental
NAED Sul
Coorodenadora: Silvana Micaroni
Endereço: Rua Pastor Cícero Canuto de Lima, 401- Pq. Itália- CEP: 13036-210
Fone: 3272-8101/ 3272-5784 / Fax: 3272-5784
R.H.: 3272-5979/ 3272-2990
E-mail: naed.sul@campinas.sp.gov.br
Unidades Educacionais de Educação Infantil
Unidades Educacionais de Ensino Fundamental
NAED Noroeste
Coordenadora: Marlene Magnusson
Endereço: Rua Pinguim, 33- Vila Pe. Manoel da Nóbrega- CEP: 13061- 321
Fone/ Fax: 3267-5757
E-mail: naed.noroeste@campinas.sp.gov.br
Unidades Educacionais de Educação Infantil
Unidades Educacionais de Ensino Fundamental
DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO CAMPINAS LESTE
Rua Osvaldo Cruz, 799 - Jd. Nossa Senhora Auxiliadora
CEP: 13076-260
Tel.: (19) 3743 6001
E-mail: gabileste@terra.com.br
Diretoria de Ensino Região de Campinas Oeste
Rua Oswaldo Cruz nº 809 - Jd. Nossa Senhora Auxiliadora
CEP 13076-260
PABX: (19) 3743-6000
e-mail: de-campinasoeste@edunet.sp.gov.br
Sites:
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http://decampinasleste.edunet.sp.gov.br
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Libras mudou outra vez....
...Sexta sim, sexta não, assim será libras...
Começando pela Sexta 29/08 sim, sexta 5/09 não, assim por diante.
Começando pela Sexta 29/08 sim, sexta 5/09 não, assim por diante.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
O quadro negro da educação escolar brasileira
Categoria: Folha Equilíbrio
Escrito por Rosely Sayão às 19h36
25/08/2008
O quadro negro da educação escolar brasileira
A Revista Veja publicou, na semana passada, uma reportagem a respeito da educação brasileira baseada em pesquisa que encomendou à CNT/Sensus. De modo bem resumido: o resultado aponta que o ensino escolar brasileiro é aprovado por professores, pais e alunos tanto da escola pública quanto da privada.
Qual o problema de tal parecer de todos os envolvidos na questão do ensino escolar? É que o resultado das avaliações das quais o alunado brasileiro participa mostra que o conhecimento que eles têm é de baixo, bem baixo nível, comparado ao de alunos de outros países. Só como exemplo: o Brasil está em 52º lugar em ciências e em 53º em matemática em uma lista de 57 países. Isso quer dizer que os melhores alunos brasileiros ficam nas últimas colocações em tais avaliações.
O que os pais podem fazer para ajudar a melhorar esse quadro? Em primeiro lugar, cobrar da escola que seus filhos freqüentam que esta ensine aos seus alunos - e exija a realização diária - os requisitos necessários ao trabalho intelectual. Atenção, concentração, persistência, esforço são, entre outras características, aspectos importantes do aprendizado. Disciplina para e pelo trabalho é o que deve ocorrer na escola.
Quando entro em uma sala de aula e vejo alunos fazendo lições ou assistindo à aula balançando constantemente a carteira, brincando com o material desnecessário que carrega consigo, sentados de qualquer maneira e conversando freneticamente, constato que a disciplina para o trabalho intelectual não faz parte da exigência dos professores. E isso não se pode esperar que o aluno aprenda em casa porque é na escola que ele se inicia nessa função.
Outra coisa que chama muito minha atenção é que, quando o professor faz alguma pergunta a respeito do que está ensinando e os alunos respondem, os argumentos usados por eles são muitas vezes vazios de sentido, a linguagem é rasa e, mesmo assim, os professores aceitam o que os alunos dizem sem observação alguma.
Por outro lado, os pais precisam de distanciamento da escola para ter uma visão crítica do trabalho que ela realiza. Hoje, o mais comum é que os pais desenvolvam uma afetividade pela escola muito estimulada pela proximidade com os profissionais que lá trabalham, que os alunos aprendam a gostar dos professores e, assim, a submissão aos afetos compromete a visão crítica do que lá acontece.
Precisamos e podemos mudar, mesmo que vagarosamente, esse quadro. As novas gerações brasileiras merecem um ensino melhor, praticado com seriedade e o rigor que o conhecimento exige. A hora de brincar na escola é a hora do recreio. Durante as aulas, é hora de trabalho, trabalho e mais trabalho.
Como eu já disse, as crianças não são de cristal: elas agüentam, sim, aprender e estudar sem que o clima da sala de aula seja parecido com o do recreio.
Escrito por Rosely Sayão às 19h36
25/08/2008
O quadro negro da educação escolar brasileira
A Revista Veja publicou, na semana passada, uma reportagem a respeito da educação brasileira baseada em pesquisa que encomendou à CNT/Sensus. De modo bem resumido: o resultado aponta que o ensino escolar brasileiro é aprovado por professores, pais e alunos tanto da escola pública quanto da privada.
Qual o problema de tal parecer de todos os envolvidos na questão do ensino escolar? É que o resultado das avaliações das quais o alunado brasileiro participa mostra que o conhecimento que eles têm é de baixo, bem baixo nível, comparado ao de alunos de outros países. Só como exemplo: o Brasil está em 52º lugar em ciências e em 53º em matemática em uma lista de 57 países. Isso quer dizer que os melhores alunos brasileiros ficam nas últimas colocações em tais avaliações.
O que os pais podem fazer para ajudar a melhorar esse quadro? Em primeiro lugar, cobrar da escola que seus filhos freqüentam que esta ensine aos seus alunos - e exija a realização diária - os requisitos necessários ao trabalho intelectual. Atenção, concentração, persistência, esforço são, entre outras características, aspectos importantes do aprendizado. Disciplina para e pelo trabalho é o que deve ocorrer na escola.
Quando entro em uma sala de aula e vejo alunos fazendo lições ou assistindo à aula balançando constantemente a carteira, brincando com o material desnecessário que carrega consigo, sentados de qualquer maneira e conversando freneticamente, constato que a disciplina para o trabalho intelectual não faz parte da exigência dos professores. E isso não se pode esperar que o aluno aprenda em casa porque é na escola que ele se inicia nessa função.
Outra coisa que chama muito minha atenção é que, quando o professor faz alguma pergunta a respeito do que está ensinando e os alunos respondem, os argumentos usados por eles são muitas vezes vazios de sentido, a linguagem é rasa e, mesmo assim, os professores aceitam o que os alunos dizem sem observação alguma.
Por outro lado, os pais precisam de distanciamento da escola para ter uma visão crítica do trabalho que ela realiza. Hoje, o mais comum é que os pais desenvolvam uma afetividade pela escola muito estimulada pela proximidade com os profissionais que lá trabalham, que os alunos aprendam a gostar dos professores e, assim, a submissão aos afetos compromete a visão crítica do que lá acontece.
Precisamos e podemos mudar, mesmo que vagarosamente, esse quadro. As novas gerações brasileiras merecem um ensino melhor, praticado com seriedade e o rigor que o conhecimento exige. A hora de brincar na escola é a hora do recreio. Durante as aulas, é hora de trabalho, trabalho e mais trabalho.
Como eu já disse, as crianças não são de cristal: elas agüentam, sim, aprender e estudar sem que o clima da sala de aula seja parecido com o do recreio.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Nova lei para os estagiários
Mulherada.. fiquem por dentro desse assunto Importantissímo ( no momento) para nós!!
BeijooO.. Sah
____
Nova lei para os estagiários Após sanção do presidente Lula, estudantes terão direito a férias e bolsa-auxílio
Rio - Após nove meses de tramitação no Congresso Nacional, foi aprovado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2.419/07, que dita as novas regras de estágio no País. A matéria agora só depende da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A partir de então, empresas, instituições de ensino e estudantes terão que se adaptar às mudanças. Uma delas, por exemplo, agrada muito aos estudantes. Ao completar um ano estagiando, o aluno terá direito a 30 dias de férias. E a preferência é que sejam tiradas no período do recesso escolar.
Outra novidade é quanto à limitação da jornada: os estágios devem ter, no máximo, seis horas diárias e 30 semanais, exceção para os alunos da Educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, que não poderão ultrapassar quatro horas diárias e 20 horas semanais. Nos períodos de prova, os estudantes vão ganhar mais tempo para estudar, com a redução da jornada diária. O projeto determina também que a duração do estágio, na mesma empresa ou instituição, não poderá exceder o prazo de dois anos.
Nos estágios considerados optativos, será obrigatório o pagamento da bolsa-auxílio. E, durante o período de férias, ela deverá ser paga integralmente. Com a nova lei, vale-transporte também passa a ser obrigatório. Tíquete-refeição e assistência médica podem ser oferecidos, mas não caracterizam vínculo empregatício.
Para o presidente da Abres (Associação Brasileira de Estágios / http://www.abres.org.br), Seme Arone Junior, a nova lei foi maravilhosa. “A lei anterior não previa uma série de coisas importantes, como o direito a férias”, disse. Segundo dados da Abres, há 715 mil estudantes de Nível Superior e 385 mil de Nível Médio no País — em um universo de 13,5 milhões de estudantes.
Para a universitária de Publicidade Ana Beatriz Dias, 22 anos, tirar férias não é novidade. Estagiando há mais de um ano em um órgão público, ela só não aproveitou seus dias de licença porque ainda não quis. “Isso já funciona onde faço estágio. Só não tirei as minhas por opção. É só pedir e tirar as férias”, contou a estudante.
FIQUE POR DENTRO - AS NOVAS REGRAS
QUEM PODE: Poderão estagiar alunos dos ensinos Superior, Médio, Médio Técnico, Educação Especial e dos anos finais do Fundamental (na modalidade profissional da educação de jovens e adultos)
JORNADA: Os estágios devem ter, no máximo, 6 horas diárias e 30 semanais, exceção para os alunos da Educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, que não poderão ultrapassar 4 horas diárias e 20 horas semanais
PROJETO PEDAGÓGICO: As instituições de ensino terão que enviar ao Ministério da Educação seus projetos pedagógicos. Se não constar a necessidade de estágio, os estudantes não poderão ser contratados. “Essa é uma preocupação para nós. Se o estágio não constar no projeto pedagógico, seus alunos perderão o direito a estagiar”, destaca Seme
BOLSA-AUXÍLIO: Nos estágios não-obrigatórios, o estudante vai receber uma bolsa-auxílio. Durante o período de férias, ela continuará a ser paga
FÉRIAS: Após um ano de estágio, o estudante terá direito a tirar 30 dias de férias
PROFISSIONAL LIBERAL: Com a nova lei, profissionais liberais de Nível Superior (com registro nos conselhos regionais), como advogados, engenheiros e outros, também vão poder contar com estudantes na empresa.
BeijooO.. Sah
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Nova lei para os estagiários Após sanção do presidente Lula, estudantes terão direito a férias e bolsa-auxílio
Rio - Após nove meses de tramitação no Congresso Nacional, foi aprovado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2.419/07, que dita as novas regras de estágio no País. A matéria agora só depende da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A partir de então, empresas, instituições de ensino e estudantes terão que se adaptar às mudanças. Uma delas, por exemplo, agrada muito aos estudantes. Ao completar um ano estagiando, o aluno terá direito a 30 dias de férias. E a preferência é que sejam tiradas no período do recesso escolar.
Outra novidade é quanto à limitação da jornada: os estágios devem ter, no máximo, seis horas diárias e 30 semanais, exceção para os alunos da Educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, que não poderão ultrapassar quatro horas diárias e 20 horas semanais. Nos períodos de prova, os estudantes vão ganhar mais tempo para estudar, com a redução da jornada diária. O projeto determina também que a duração do estágio, na mesma empresa ou instituição, não poderá exceder o prazo de dois anos.
Nos estágios considerados optativos, será obrigatório o pagamento da bolsa-auxílio. E, durante o período de férias, ela deverá ser paga integralmente. Com a nova lei, vale-transporte também passa a ser obrigatório. Tíquete-refeição e assistência médica podem ser oferecidos, mas não caracterizam vínculo empregatício.
Para o presidente da Abres (Associação Brasileira de Estágios / http://www.abres.org.br), Seme Arone Junior, a nova lei foi maravilhosa. “A lei anterior não previa uma série de coisas importantes, como o direito a férias”, disse. Segundo dados da Abres, há 715 mil estudantes de Nível Superior e 385 mil de Nível Médio no País — em um universo de 13,5 milhões de estudantes.
Para a universitária de Publicidade Ana Beatriz Dias, 22 anos, tirar férias não é novidade. Estagiando há mais de um ano em um órgão público, ela só não aproveitou seus dias de licença porque ainda não quis. “Isso já funciona onde faço estágio. Só não tirei as minhas por opção. É só pedir e tirar as férias”, contou a estudante.
FIQUE POR DENTRO - AS NOVAS REGRAS
QUEM PODE: Poderão estagiar alunos dos ensinos Superior, Médio, Médio Técnico, Educação Especial e dos anos finais do Fundamental (na modalidade profissional da educação de jovens e adultos)
JORNADA: Os estágios devem ter, no máximo, 6 horas diárias e 30 semanais, exceção para os alunos da Educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, que não poderão ultrapassar 4 horas diárias e 20 horas semanais
PROJETO PEDAGÓGICO: As instituições de ensino terão que enviar ao Ministério da Educação seus projetos pedagógicos. Se não constar a necessidade de estágio, os estudantes não poderão ser contratados. “Essa é uma preocupação para nós. Se o estágio não constar no projeto pedagógico, seus alunos perderão o direito a estagiar”, destaca Seme
BOLSA-AUXÍLIO: Nos estágios não-obrigatórios, o estudante vai receber uma bolsa-auxílio. Durante o período de férias, ela continuará a ser paga
FÉRIAS: Após um ano de estágio, o estudante terá direito a tirar 30 dias de férias
PROFISSIONAL LIBERAL: Com a nova lei, profissionais liberais de Nível Superior (com registro nos conselhos regionais), como advogados, engenheiros e outros, também vão poder contar com estudantes na empresa.
domingo, 10 de agosto de 2008
LIBRAS
Libras será conteúdo on line, logo, teremos que acessar o site da nossa querida universidade e clicar em um ícone de chapéuzinho de formando que está no canto direito da tela, entre o desenho de uma cartinha e o de uma TV. Clique e entre no conteúdo on line...à partir daí cada um se vira como pode...as horas são contadas pelos acessos...acho que não há limite mínimo, mas eles estão ligados rrrsss...bjinhos
domingo, 22 de junho de 2008
Grade do 4º Semestre
O JOGO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
ANDRÉ
Carga Horária 044
CORRENTES PEDAGÓGICAS DA ED. INFANTIL
ADRIANA
Carga Horária 044
PRÁTICA DE SUPERVISAO ESCOLAR
MARIA HELENA
Carga Horária 044
DIM. DA AÇÃO SUPERVISORA
ADRIANA
Carga Horária 066
DIDÁTICA E DIVERSIDADE NA SALA DE AULA
LILIAN
Carga Horária 044
LING. BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)
ON LINE
Carga Horária 022
PRÁTICA E PROJETOS NA ED. INFANTIL
VERÔNICA
Carga Horária 044
ATIVID ACADEM-CIENT-CULTURAIS
Carga Horária 022
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Carga Horária 075
ESTATÍSTICA INDUTIVA
DORA
Carga Horária 044
MÉTODOS DE PESQUISA
VERÔNICA
Carga Horária 044
ANDRÉ
Carga Horária 044
CORRENTES PEDAGÓGICAS DA ED. INFANTIL
ADRIANA
Carga Horária 044
PRÁTICA DE SUPERVISAO ESCOLAR
MARIA HELENA
Carga Horária 044
DIM. DA AÇÃO SUPERVISORA
ADRIANA
Carga Horária 066
DIDÁTICA E DIVERSIDADE NA SALA DE AULA
LILIAN
Carga Horária 044
LING. BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)
ON LINE
Carga Horária 022
PRÁTICA E PROJETOS NA ED. INFANTIL
VERÔNICA
Carga Horária 044
ATIVID ACADEM-CIENT-CULTURAIS
Carga Horária 022
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Carga Horária 075
ESTATÍSTICA INDUTIVA
DORA
Carga Horária 044
MÉTODOS DE PESQUISA
VERÔNICA
Carga Horária 044
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Infância preservada
Escrito por Rosely Sayão
Sobre o andamento da vida escolar dos filhos
“Tenho um filho de seis anos, nascido em agosto de 2001. Ele está no 2º ano e acho que está com muita dificuldade escolar. Gostaria de saber qual atitude tomar: retornar para o 1º ano, ou fazer novamente o 2º ano? Você acha que devo mudar de escola para ele não se sentir mal perante os amigos por voltar ao 1º ano?”
Escolhi esta mensagem de uma internauta porque ela chegou ao mesmo tempo em que outros pais me trouxeram questões bem semelhantes. Entre todas, levantei dois pontos em comum: as crianças têm até seis anos e as escolas delegaram a decisão aos pais. Por isso, vamos pensar a respeito.
Primeiro, vamos considerar a Educação Infantil. Que história é essa de passar a criança do G4 – denominação que muitas escolas usam para o grupo de alunos de quatro anos – para o G5 ou reter? E olhem que os argumentos usados são vários: ele será o mais novo ou mais velho, mais maduro ou imaturo da turma etc.
Gente, isso é pura insanidade porque mostra um modo de pensar a educação infantil como se fosse uma preparação para o ensino fundamental. Não é.
Na educação infantil não deve haver outra preocupação do que a de oferecer às crianças oportunidades e materiais para que brinquem e aprendam com as brincadeiras. Aprendam o quê? Não sabemos, não controlamos, não importa. De modo resumido: elas aprendem um pouco sobre a vida, as relações com seus pares, com outros adultos que não os da família, as normas de convivência num espaço comum etc.
Além disso, qualquer criança pode mudar rapidamente num curto espaço de tempo nessa idade: o garotinho que parece um bebê, em menos de um mês pode se transformar num moleque, por exemplo. O contrário também vale: uma criança madura pode passar a ter comportamentos aparentemente já superados. Esse desenvolvimento não linear é característica dessa idade.
Para falar bem a verdade, depois dos três anos e antes dos seis, todas as crianças poderiam freqüentar a mesma turma. O mesmo pode-se dizer a respeito de antes dos três anos. Ou seja: não deveria existir essa “seriação” na educação infantil.
Agora, não é demais que a escola delegue aos pais a decisão de reter, voltar ou adiantar a vida escolar do aluno? Essa responsabilidade deve ser dela já que é a escola que se relaciona com o aluno. Os pais se relacionam com os filhos e, por mais difícil que seja aceitar isso quando falamos a respeito de crianças, é preciso reconhecer: somos diferentes quando ocupamos papéis diferentes.
Como o filho de nossa leitora está em pleno processo de alfabetização – não sei se a nomenclatura que ela usa considera a duração de oito ou nove anos no ensino fundamental – é bom ter paciência e encorajar o filho nos estudos. Muitas crianças se alfabetizam em três meses, outras em oito, e o processo pode durar até doais anos, o que é aceitável.
Par finalizar nossa reflexão, uma frase de Guimarães Rosa que está em “Grande Sertão: Veredas”:
“...mire, veja: o mais importante do mundo é isto; que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.”
Escrito por Rosely Sayão
Sobre o andamento da vida escolar dos filhos
“Tenho um filho de seis anos, nascido em agosto de 2001. Ele está no 2º ano e acho que está com muita dificuldade escolar. Gostaria de saber qual atitude tomar: retornar para o 1º ano, ou fazer novamente o 2º ano? Você acha que devo mudar de escola para ele não se sentir mal perante os amigos por voltar ao 1º ano?”
Escolhi esta mensagem de uma internauta porque ela chegou ao mesmo tempo em que outros pais me trouxeram questões bem semelhantes. Entre todas, levantei dois pontos em comum: as crianças têm até seis anos e as escolas delegaram a decisão aos pais. Por isso, vamos pensar a respeito.
Primeiro, vamos considerar a Educação Infantil. Que história é essa de passar a criança do G4 – denominação que muitas escolas usam para o grupo de alunos de quatro anos – para o G5 ou reter? E olhem que os argumentos usados são vários: ele será o mais novo ou mais velho, mais maduro ou imaturo da turma etc.
Gente, isso é pura insanidade porque mostra um modo de pensar a educação infantil como se fosse uma preparação para o ensino fundamental. Não é.
Na educação infantil não deve haver outra preocupação do que a de oferecer às crianças oportunidades e materiais para que brinquem e aprendam com as brincadeiras. Aprendam o quê? Não sabemos, não controlamos, não importa. De modo resumido: elas aprendem um pouco sobre a vida, as relações com seus pares, com outros adultos que não os da família, as normas de convivência num espaço comum etc.
Além disso, qualquer criança pode mudar rapidamente num curto espaço de tempo nessa idade: o garotinho que parece um bebê, em menos de um mês pode se transformar num moleque, por exemplo. O contrário também vale: uma criança madura pode passar a ter comportamentos aparentemente já superados. Esse desenvolvimento não linear é característica dessa idade.
Para falar bem a verdade, depois dos três anos e antes dos seis, todas as crianças poderiam freqüentar a mesma turma. O mesmo pode-se dizer a respeito de antes dos três anos. Ou seja: não deveria existir essa “seriação” na educação infantil.
Agora, não é demais que a escola delegue aos pais a decisão de reter, voltar ou adiantar a vida escolar do aluno? Essa responsabilidade deve ser dela já que é a escola que se relaciona com o aluno. Os pais se relacionam com os filhos e, por mais difícil que seja aceitar isso quando falamos a respeito de crianças, é preciso reconhecer: somos diferentes quando ocupamos papéis diferentes.
Como o filho de nossa leitora está em pleno processo de alfabetização – não sei se a nomenclatura que ela usa considera a duração de oito ou nove anos no ensino fundamental – é bom ter paciência e encorajar o filho nos estudos. Muitas crianças se alfabetizam em três meses, outras em oito, e o processo pode durar até doais anos, o que é aceitável.
Par finalizar nossa reflexão, uma frase de Guimarães Rosa que está em “Grande Sertão: Veredas”:
“...mire, veja: o mais importante do mundo é isto; que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.”
Escrito por Rosely Sayão
domingo, 11 de maio de 2008
Culpa dos alunos?
Categoria: Folha Equilíbrio
Escrito por Rosely Sayão
Sobre a declaração de um professor na Bahia
Certamente, vocês souberam a respeito do coordenador de um curso de medicina da Bahia que, ao ser entrevistado a respeito da avaliação ruim do curso que dirigia, afirmou que a responsabilidade era dos alunos que, como baianos, apresentavam déficit intelectual. Além disso, atribuiu também parte da responsabilidade do mau desempenho da escola à política de cotas.
Pois bem: todos os que leram a matéria reprovaram o professor e o qualificaram como preconceituoso, acima de tudo. Por sinal, ele renunciou ao cargo e pediu desculpas públicas pelo que disse.
Esse fato, entretanto, pode muito bem servir para nos levar a uma reflexão já que a idéia expressa pelo professor tem amplitude bem maior do que parece. Na verdade, o que ele afirmou é um pensamento muito comum das escolas: elas sempre se consideram boas na educação que praticam e no ensino que ministram; ruins são os alunos, portanto, que não conseguem aproveitar o que elas oferecem. E isso não se restringe ao aprendizado, portanto à área cognitiva: refere-se também ao comportamento e às atitudes dos alunos.
É esse tipo de concepção que sustenta, por exemplo, tantos encaminhamentos especializados que a escola faz para seus alunos. É um tal de encaminhar alunos a tratamentos médico, psicológico, acompanhamento psicopedagógico, fonoaudiológico etc. que não tem fim. Isso sem falar da solicitação, aos pais, de aulas particulares. Por quê? Simples: porque tais alunos não conseguem aprender como deveriam – ou como a escola espera – ou porque não se comportam de modo adequado. Percebem, nessa questão, o mesmo pensamento do professor que proferiu a infeliz declaração?
Isso não significa que alguns – alguns! – alunos não se beneficiariam com algum tipo de acompanhamento ou tratamento, mas é prerrogativa dos pais tomarem a decisão. Afinal, ninguém é obrigado a considerar a psicoterapia, só para citar um exemplo, um instrumento eficaz para abordar determinadas dificuldades. Alguns pais preferem a homeopatia, outros a abordagem oriental etc. O que entra em jogo, nesses casos, são a cultura e a tradição familiar que a escola deve respeitar.
Essa concepção também é responsável pelo fato de a escola chamar os pais de muitos alunos para, além de “reclamar”, dar algumas orientações familiares. A escola espera que, ao intervir com os pais, o comportamento do aluno melhore no espaço escolar. A instituição, portanto, continua com a crença de que educa bem e, nesses casos, a família é que não o faz.
Creio que só esses dois aspectos levantados já nos permitem constatar que o que o professor de medicina da notícia referida fez nada mais foi do que dizer, em alto e bom som, o que a maioria das escolas pensa, mas não diz claramente: mostra nas entrelinhas de sua atuação.
Categoria: Folha Equilíbrio
Escrito por Rosely Sayão
Escrito por Rosely Sayão
Sobre a declaração de um professor na Bahia
Certamente, vocês souberam a respeito do coordenador de um curso de medicina da Bahia que, ao ser entrevistado a respeito da avaliação ruim do curso que dirigia, afirmou que a responsabilidade era dos alunos que, como baianos, apresentavam déficit intelectual. Além disso, atribuiu também parte da responsabilidade do mau desempenho da escola à política de cotas.
Pois bem: todos os que leram a matéria reprovaram o professor e o qualificaram como preconceituoso, acima de tudo. Por sinal, ele renunciou ao cargo e pediu desculpas públicas pelo que disse.
Esse fato, entretanto, pode muito bem servir para nos levar a uma reflexão já que a idéia expressa pelo professor tem amplitude bem maior do que parece. Na verdade, o que ele afirmou é um pensamento muito comum das escolas: elas sempre se consideram boas na educação que praticam e no ensino que ministram; ruins são os alunos, portanto, que não conseguem aproveitar o que elas oferecem. E isso não se restringe ao aprendizado, portanto à área cognitiva: refere-se também ao comportamento e às atitudes dos alunos.
É esse tipo de concepção que sustenta, por exemplo, tantos encaminhamentos especializados que a escola faz para seus alunos. É um tal de encaminhar alunos a tratamentos médico, psicológico, acompanhamento psicopedagógico, fonoaudiológico etc. que não tem fim. Isso sem falar da solicitação, aos pais, de aulas particulares. Por quê? Simples: porque tais alunos não conseguem aprender como deveriam – ou como a escola espera – ou porque não se comportam de modo adequado. Percebem, nessa questão, o mesmo pensamento do professor que proferiu a infeliz declaração?
Isso não significa que alguns – alguns! – alunos não se beneficiariam com algum tipo de acompanhamento ou tratamento, mas é prerrogativa dos pais tomarem a decisão. Afinal, ninguém é obrigado a considerar a psicoterapia, só para citar um exemplo, um instrumento eficaz para abordar determinadas dificuldades. Alguns pais preferem a homeopatia, outros a abordagem oriental etc. O que entra em jogo, nesses casos, são a cultura e a tradição familiar que a escola deve respeitar.
Essa concepção também é responsável pelo fato de a escola chamar os pais de muitos alunos para, além de “reclamar”, dar algumas orientações familiares. A escola espera que, ao intervir com os pais, o comportamento do aluno melhore no espaço escolar. A instituição, portanto, continua com a crença de que educa bem e, nesses casos, a família é que não o faz.
Creio que só esses dois aspectos levantados já nos permitem constatar que o que o professor de medicina da notícia referida fez nada mais foi do que dizer, em alto e bom som, o que a maioria das escolas pensa, mas não diz claramente: mostra nas entrelinhas de sua atuação.
Categoria: Folha Equilíbrio
Escrito por Rosely Sayão
Feliz dia das mães !!!!!!!!!! Para quem é mãe e para quem é filho também !!!!!!!
terça-feira, 22 de abril de 2008
Fala, mestre!

Cipriano Carlos Luckesi
"O objetivo da avaliação é intervir para melhorar"
Provas e exames, segundo o educador, são apenas instrumentos de classificação e seleção, que não contribuem para a qualidade do aprendizado nem para o acesso de todos ao sistema de ensino
Cipriano Carlos Luckesi é um dos nomes de referência em avaliação da aprendizagem escolar, assunto no qual se especializou ao longo de quatro décadas. Nessa trajetória, que começou pelo conhecimento técnico dos instrumentos de medição de aproveitamento, o educador avançou para o aprofundamento das questões teóricas, chegando à seguinte definição de avaliação escolar: "Um juízo de qualidade sobre dados relevantes para uma tomada de decisão". Portanto, segundo essa concepção, não há avaliação se ela não trouxer um diagnóstico que contribua para melhorar a aprendizagem. Atingido esse ponto, Luckesi passou a estudar as implicações políticas da avaliação, suas relações com o planejamento e a prática de ensino e, finalmente, seus aspectos psicológicos. As conclusões do professor paulista, que vive desde 1970 em Salvador, apontam para a superação de toda uma cultura escolar que ainda relaciona avaliação com exames e reprovação. "Estamos trilhando um novo caminho, que precisa de tempo para ser sedimentado", diz. Luckesi, que é professor aposentado, orientador de pós-graduandos e integrante do Grupo de Pesquisa em Educação e Ludicidade da Universidade Federal da Bahia, concedeu a seguinte entrevista a NOVA ESCOLA.
Como é feita, hoje, a avaliação de aprendizagem escolar?
A maioria das escolas promove exames, que não são uma prática de avaliação. O ato de examinar é classificatório e seletivo. A avaliação, ao contrário, diagnóstica e inclusiva. Hoje aplicamos instrumentos de qualidade duvidosa: corrigimos provas e contamos os pontos para concluir se o aluno será aprovado ou reprovado. O processo foi concebido para que alguns estudantes sejam incluídos e outros, excluídos. Do ponto de vista político-pedagógico, é uma tradição antidemocrática e autoritária, porque centrada na pessoa do professor e no sistema de ensino, não em quem aprende.
Que métodos devem ser usados?
A avaliação é constituída de instrumentos de diagnóstico, que levam a uma intervenção visando à melhoria da aprendizagem. Se ela for obtida, o estudante será sempre aprovado, por ter adquirido os conhecimentos e habilidades necessários. A avaliação é inclusiva porque o estudante vai ser ajudado a dar um passo à frente. Essa concepção político-pedagógica é para todos os alunos e por outro lado é um ato dialógico, que implica necessariamente uma negociação entre o professor e o estudante.
Por que se insiste na aplicação de provas e exames?
Nós, educadores do início do século 21, somos herdeiros do século 17. O modelo atual foi sistematizado na época da emergência da burguesia e da sociedade moderna. Se analisarmos documentos daquele tempo, como o Ratio Studiorum, dos padres da ordem dos jesuítas, ou a Didactica Magna, do educador tcheco Comênio, veremos que o modelo classificatório que praticamos hoje foi concebido ali. Muitos outros educadores propuseram coisas diferentes desde então, mas nenhuma dessas pedagogias conseguiu ter a vigência da pedagogia tradicional, que responde a um modelo seletivo e excludente. Existem também razões psicológicas para a insistência nos velhos métodos de avaliação: o professor é muito examinado durante sua vida de estudante e, ao se tornar profissional, tende a repetir esse comportamento.
Existe alguma justificativa pedagógica para o recurso da reprovação?
Do ponto de vista pedagógico, de fato, não existe nenhuma razão cabível. A reprovação é um fenômeno que, historicamente, tem a ver com a ideologia de que, se o estudante não aprende, isso se dá exclusivamente por responsabilidade dele. As frases reveladoras são aquelas do gênero "eles não querem mais nada", "não estudam", "não têm interesse" etc. Muitas outras razões, além do próprio aluno, podem conduzir ao fracasso escolar, como as políticas públicas que investem pouco no professor e no ensino, com baixos salários e problemas de infra-estrutura. O recurso da reprovação não existe em sistemas escolares de países que efetivamente investem na qualidade da aprendizagem.
O que revelam os altos índices de reprovação, sobretudo na 1ª série?
Há aspectos internos e externos à escola. Os externos são a escassez de recursos e as más condições de ensino. Os fatores internos dizem respeito à relação professor-aluno. O professor ensina uma coisa, o estudante entende outra; ensina de uma forma e solicita que seja colocada em prática de outra; ou não usa atividades inseridas no contexto do aluno. Por exemplo: nas séries iniciais, o programa prevê o aprendizado de números múltiplos. Então pergunta-se no teste: "Quais os números menores de 200 múltiplos de 4 e de 6?" A parte que fala em "menores de 200" só está lá para confundir o aluno e complicar a questão. Muitas crianças são reprovadas porque o instrumento de avaliação é malfeito e as conduz ao erro.
Por que tanta repetência na fase de alfabetização?
Existem estudos estatísticos mostrando que o tempo médio de alfabetização no Brasil é de 22 meses. Em algumas regiões, alfabetiza-se em seis meses; em outras, demora-se três anos. Por isso se estabeleceram os ciclos de aprendizagem. Mas não se investiu na qualidade. Se houvesse esse investimento, um ano de alfabetização seria suficiente. Aqui na cidade de Salvador há um projeto em que são atendidos meninos que não conseguiram aprender a ler e escrever em até seis anos. Com uma abordagem correta, alfabetizaram-se em seis meses. Eu tenho certeza de que qualquer criança com 6 anos e meio ou 7 se alfabetiza em um ano.
Até que ponto o sistema de vestibular determina as avaliações escolares hoje?
Vestibular não tem a ver com educação, mas com a incapacidade do poder público de fornecer ensino universitário para quem quer estudar. Agora, todo o ensino, desde o Fundamental, está comprometido com o vestibular. É por isso que é tão comum a adoção de testes que não medem o aprendizado, mas treinam para responder perguntas capciosas. Eu proponho que as escolas invistam em uma prática pedagógica construtiva e paralelamente treinem para o vestibular, com simulados como os feitos pelos cursinhos. Já existem escolas no Brasil que investem na qualidade de ensino e ao mesmo tempo conseguem colocar mais de 90% dos seus estudantes na faculdade, sem necessidade de cursinho.
O que é preciso para planejar a avaliação de um determinado período letivo?
O currículo escolar estabelece conteúdos para cada nível. É um parâmetro que tem de ser conhecido. Depois é essencial o planejamento de ensino, que direciona a prática pedagógica. Vamos supor que eu vá ensinar adição. Vou trabalhar o raciocínio aditivo, fórmulas de adição, propriedades, solução de problemas simples e solução de problemas complexos. Esse é o panorama que irá assegurar a prática de avaliação. Se o estudante tem o raciocínio, mas dificuldade de operar, preciso treinar essa fase. Um planejamento didático consciente prevê a elaboração de instrumentos e a correção deles quando ela for necessária para a reorientação do curso do aprendizado.
De que forma a preparação do currículo influi nesse processo?
O currículo tem de distinguir e prever o que é essencial. O que for ampliação cultural deve ser abordado apenas se houver tempo. Muitas vezes o que ocorre é uma distorção: tomar o livro didático como roteiro de aulas e considerar essencial o que está ali como ilustração, curiosidade, entretenimento.
O uso de notas e conceitos pode servir a um projeto de avaliação eficaz?
Notas ou conceitos têm por objetivo registrar os resultados da aprendizagem do aluno por uma determinada escola. Eles expressam o testemunho do educador ou da educadora de que aquele estudante foi acompanhado por ele ou ela na disciplina sob sua responsabilidade. O registro é necessário. Afinal, nossa memória viva não é capaz de reter tantos dados relativos a um estudante, quanto mais de muitos, e por anos a fio. O que ocorreu historicamente é que notas ou conceitos passaram a ser a própria avaliação, o que é uma distorção. Se os registros tiverem por objetivo observar o processo de aprendizagem de cada aluno e sua conseqüente reorientação, eles subsidiam uma avaliação formativa. Mas não se esses registros representarem apenas classificações sucessivas do estudante.
Como avaliar o modo particular como cada um aprende? É possível um atendimento tão individualizado?
Existe uma fantasia de que, quando se fala de uma avaliação eficiente, estamos nos referindo ao atendimento de três ou quatro estudantes por vez. Mas os instrumentos de coleta de dados ampliam a capacidade de observar do professor. Se eu aplico uma avaliação para 40 alunos, não há mudança do ponto de vista da qualidade. Cada um vai manifestar sua aprendizagem por meio do instrumento escolhido. Avaliação não precisa ser por observação direta, mas por instrumentos como teste, questionário, redação, monografia, participação em uma tarefa, diálogo. Em uma classe numerosa, não posso usar entrevistas de meia hora para cada aluno. Vou produzir questionários de perguntas fechadas e trabalhar mais de perto com quem não tiver um desempenho satisfatório.
Quais são as vantagens e desvantagens dos trabalhos em grupo?
Se a intenção do professor é fazer um diagnóstico do desempenho de cada um, o trabalho em grupo não vai ajudar muito, porque só avalia o conjunto. Ele é mais útil como atividade de aprendizagem ou construção de tarefa. Por outro lado, o trabalho em grupo favorece o crescimento do indivíduo entre seus pares.
Avaliação envolve um alto grau de subjetividade. Como evitar ou atenuar isso?
Há dois aspectos a considerar. Um é que o professor precisa estar honestamente comprometido com o que acredita, e isso é uma atitude subjetiva, não tem jeito. Outro aspecto é psicológico e exige autotrabalho para não deixar que questões pessoais interfiram nas profissionais. Evitar a subjetividade, nesse sentido, tem a ver com cuidar de si mesmo e do cumprimento de seus compromissos.
"Eu proponho que as escolas invistam em uma prática pedagógica construtiva e paralelamente treinem para o vestibular"
Cipriano Carlos Luckesi
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Nem as crianças estão escapando da violência...
Nestas últimas semanas, temos visto várias reportagens que relatam violência contra crianças praticadas possivelmente por adultos próximos a elas. É uma criança torturada aqui, outra ali, outra que morre lá e assim por diante. E as crianças hoje, têm acesso a todos os veículos de comunicação e recebem essas informações.
Fico imaginando a angustia das crianças com tais notícias porque identificam nelas que os adultos próximos, ao invés de de protetores, podem ser ameaçadores. Justamente aqueles em quem elas depositam a maior confiança se revelam, nas notícias, suspeitos de agir de modo contrário. E agora?
Agora, mais uma parte da infância de nossas crianças fica comprometida, fato cada vez mais banal. Mas será que não se pode fazer nada? Sim, podemos e devemos fazer algo por elas, que, sozinhas, não conseguem entender e expressar toda a angústia que as invade.
A maioria das escolas costuma ignorar o fato de que seus alunos sabem dessas notícias e continuam seus trabalhos como se nada de excepcional ocorresse. Pois todas elas têm recursos para, de alguma maneira, tratar dessas questões. É um bom momento, por exemplo, para oferecer aos alunos, nas aulas de expressão artística, estratégias para dar forma ao que eles imaginam, sentem e pensam sobre tais fatos.
O simples fato de colocar de modo simbólico sentimentos e angústias já aponta pistas sobre outras formas de trabalhar o tema. Depois, é importante que se fale a respeito, sem psicologismos nem interpretações leigas, para que, coletivamente, eles se sintam acolhidos em suas preocupações e aprendam sobre os direitos das crianças e dos adolescentes e os valores sociais da justiça e da responsabilidade com o bem comum.
Para os pais, esse é um bom momento para oferecer aos filhos mais segurança em relação aos vínculos familiares e dar maior relevância aos valores morais e éticos. É muito importante, por exemplo, afirmar que a família ama e respeita a vida, que nenhuma violência deve ser aceita pelos integrantes do grupo familiar, que casos como os noticiados são exceções -apesar de tanto alarde-, que os impulsos agressivos podem ser controlados e, também, estabelecer um diálogo a respeito das opiniões dos pais e dos filhos sobre esses fatos.
Todas as tragédias servem para nos fazer refletir sobre a humanidade e o nosso cotidiano. Por isso, é importante que os adultos pensem a respeito das pequenas violências, simbólicas ou reais, que o mundo adulto comete contra os mais novos. Afinal: nossas posições demonstram que somos a fim deles ou que estamos mais para ser o fim deles?
Fico imaginando a angustia das crianças com tais notícias porque identificam nelas que os adultos próximos, ao invés de de protetores, podem ser ameaçadores. Justamente aqueles em quem elas depositam a maior confiança se revelam, nas notícias, suspeitos de agir de modo contrário. E agora?
Agora, mais uma parte da infância de nossas crianças fica comprometida, fato cada vez mais banal. Mas será que não se pode fazer nada? Sim, podemos e devemos fazer algo por elas, que, sozinhas, não conseguem entender e expressar toda a angústia que as invade.
A maioria das escolas costuma ignorar o fato de que seus alunos sabem dessas notícias e continuam seus trabalhos como se nada de excepcional ocorresse. Pois todas elas têm recursos para, de alguma maneira, tratar dessas questões. É um bom momento, por exemplo, para oferecer aos alunos, nas aulas de expressão artística, estratégias para dar forma ao que eles imaginam, sentem e pensam sobre tais fatos.
O simples fato de colocar de modo simbólico sentimentos e angústias já aponta pistas sobre outras formas de trabalhar o tema. Depois, é importante que se fale a respeito, sem psicologismos nem interpretações leigas, para que, coletivamente, eles se sintam acolhidos em suas preocupações e aprendam sobre os direitos das crianças e dos adolescentes e os valores sociais da justiça e da responsabilidade com o bem comum.
Para os pais, esse é um bom momento para oferecer aos filhos mais segurança em relação aos vínculos familiares e dar maior relevância aos valores morais e éticos. É muito importante, por exemplo, afirmar que a família ama e respeita a vida, que nenhuma violência deve ser aceita pelos integrantes do grupo familiar, que casos como os noticiados são exceções -apesar de tanto alarde-, que os impulsos agressivos podem ser controlados e, também, estabelecer um diálogo a respeito das opiniões dos pais e dos filhos sobre esses fatos.
Todas as tragédias servem para nos fazer refletir sobre a humanidade e o nosso cotidiano. Por isso, é importante que os adultos pensem a respeito das pequenas violências, simbólicas ou reais, que o mundo adulto comete contra os mais novos. Afinal: nossas posições demonstram que somos a fim deles ou que estamos mais para ser o fim deles?
sexta-feira, 28 de março de 2008
Bom final de semana
Sugestão para o Fim de Semana
O trabalho infantil não é um assunto simples de se entender no mundo atual. Para começo de conversa, é preciso buscar compreender o que significa ser criança no mundo contemporâneo.
Para tanto, recomendo um Curta-Metragem ótimo, o "A Invenção da Infância", da diretora Liliana Sulzbach, que permite excelente reflexão a esse respeito.
O site é o www.portacurtas.com.br
Coloquei o Link direto na lista de Blogs legais ao lado.
Também tem o Ilha das flores e outros mais...
Bom final de semana a todas....
Clau
O trabalho infantil não é um assunto simples de se entender no mundo atual. Para começo de conversa, é preciso buscar compreender o que significa ser criança no mundo contemporâneo.
Para tanto, recomendo um Curta-Metragem ótimo, o "A Invenção da Infância", da diretora Liliana Sulzbach, que permite excelente reflexão a esse respeito.
O site é o www.portacurtas.com.br
Coloquei o Link direto na lista de Blogs legais ao lado.
Também tem o Ilha das flores e outros mais...
Bom final de semana a todas....
Clau
quinta-feira, 27 de março de 2008
Livros que eu tenho para emprestar...
Quem quiser é só comentar...
*10 novas competências para estudar - Philippe Perrenoud
*A volta ao mundo em 52 histórias - Neil Philip
*Aprendizagem e Trabalho Pedagógico - Maria Carmen V. R. Tacca (org.)
*Avaliação, construindo o campo e a crítica
*Avaliação: Políticas e Práticas - Benigna Maria Villas Boas (org.)
*Cem sonetos de amor - Pablo Neruda
*Chão de Meninos - Zélia Gattai
*Da guerrilha ao Socialismo: A revolução Cubana - Florestan Fernandes
*Depois daquela viagem - Valéria Piassa Polizzi
*Escola Viva - Corinta Maria Grisolia Geraldi (org.)
*FORMAÇÃO DE PROFESSORES, Pensar e Fazer - Nilda Alves (org.)
*LDB Interpretada: Diversos Olhares se entrecruzam - Iria Brzezinski (org.)
*Marley e Eu - John Grogan
*O Construtivismo em sala de aula - Cesar Coll
*O PRÍNCIPE - Nicolau Maquiavel
*O trabalho como princípio articulador na prática de ensino e nos estágios
*Ou isto ou Aquilo - Cecília Meireles
*Pais Brilhantes Professores Fascinantes - Augusto Cury
*Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire
*Quem Mexeu no meu queijo? - Spencer Johnson, M. D.
*Retrato da escola no Brasil - Aida Maria Monteiro Silva (org.)
*Terras do sem fim - Jorge Amado
*Territórios da Infância, linguagens, tempos e relações para uma pedagogia para as crianças pequenas - Ana Lúcia Goulart de Faria (org.)
bjinhos
*10 novas competências para estudar - Philippe Perrenoud
*A volta ao mundo em 52 histórias - Neil Philip
*Aprendizagem e Trabalho Pedagógico - Maria Carmen V. R. Tacca (org.)
*Avaliação, construindo o campo e a crítica
*Avaliação: Políticas e Práticas - Benigna Maria Villas Boas (org.)
*Cem sonetos de amor - Pablo Neruda
*Chão de Meninos - Zélia Gattai
*Da guerrilha ao Socialismo: A revolução Cubana - Florestan Fernandes
*Depois daquela viagem - Valéria Piassa Polizzi
*Escola Viva - Corinta Maria Grisolia Geraldi (org.)
*FORMAÇÃO DE PROFESSORES, Pensar e Fazer - Nilda Alves (org.)
*LDB Interpretada: Diversos Olhares se entrecruzam - Iria Brzezinski (org.)
*Marley e Eu - John Grogan
*O Construtivismo em sala de aula - Cesar Coll
*O PRÍNCIPE - Nicolau Maquiavel
*O trabalho como princípio articulador na prática de ensino e nos estágios
*Ou isto ou Aquilo - Cecília Meireles
*Pais Brilhantes Professores Fascinantes - Augusto Cury
*Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire
*Quem Mexeu no meu queijo? - Spencer Johnson, M. D.
*Retrato da escola no Brasil - Aida Maria Monteiro Silva (org.)
*Terras do sem fim - Jorge Amado
*Territórios da Infância, linguagens, tempos e relações para uma pedagogia para as crianças pequenas - Ana Lúcia Goulart de Faria (org.)
bjinhos
domingo, 23 de março de 2008
Provas, trabalhos e palestras
Provas
Estatística - 31 de Março
LBP - 1 de Abril
PAL - 2 de Abril e 5 de Junho
EOEEI - 3 de Abril
OE - 4 de Abril
MTA - 7 de Abril
PCSI - 9 de Abril
Palestras
07/03 - O brincar e a matemática
07/03 - Horário da aula da Lilian- Documentário - Pro dia nascer feliz.
28/03 - Educação dos surdos - 9:30hs
Trabalhos
24/03 - Trabalho em sala de estatística
03/04 - Entrega do trabalho - EOEEI - Resumo do livro
Estatística - 31 de Março
LBP - 1 de Abril
PAL - 2 de Abril e 5 de Junho
EOEEI - 3 de Abril
OE - 4 de Abril
MTA - 7 de Abril
PCSI - 9 de Abril
Palestras
07/03 - O brincar e a matemática
07/03 - Horário da aula da Lilian- Documentário - Pro dia nascer feliz.
28/03 - Educação dos surdos - 9:30hs
Trabalhos
24/03 - Trabalho em sala de estatística
03/04 - Entrega do trabalho - EOEEI - Resumo do livro
quinta-feira, 20 de março de 2008
Escola da Ponte - Escrito por Rosely Sayão
Escrito por Rosely Sayão
A experiência da Escola da Ponte
Muitos professores, em seus comentários, afirmam que eu não conheço a realidade escolar. Por que será que eles pensam assim? Será que é porque eu não aceito o modo de funcionamento atual e sei que é possível resolver a maior parte desses problemas basicamente assumindo uma outra posição ética e política?
Hoje vou começar a contar uma experiência escolar significativa que ocorreu em uma escola em Portugal e que tem inspirado algumas escolas daqui do Brasil – públicas, inclusive – a mudarem radicalmente seu trabalho. Trata-se da Escola da Ponte, uma escola pública portuguesa que fica em Vila das Aves, conselho de Santo Tirso, na cidade do Porto.
Quando estive lá pela primeira vez estava quase desistindo de trabalhar com educação. Na verdade, conhecer essa escola, para mim, era uma despedida do campo educacional. Estava muito desiludida com os rumos da educação, por isso cheguei a considerar uma mudança de rumo profissional. Após conhecer a escola e sua experiência, voltei atrás em minha decisão. Afinal, se é possível isso ocorrer em uma escola, pode acontecer em qualquer uma.
Eu conhecia pouca coisa a respeito da escola. Sabia apenas que era uma escola que desenvolvera um projeto inovador que lhe deu visibilidade internacional nos meios educacionais. Mas, do projeto em si, eu quase nada sabia. Havia lido um livro escrito pelo Rubem Alves a respeito da escola, mas confesso que não havia apreciado.
Bom, nessa minha primeira visita fui com um grupo de educadores e, assim que chegamos, antes mesmo de entrar na escola, me perguntei o que eu estava fazendo lá. A aparência da escola me deixou desiludida. É igual a uma escola pública daqui: um equipamento feio, mal cuidado, que em nada indica que esconde uma riqueza educacional escolar incrível em seu ambiente interno.
Assim que entramos, estranhei o silêncio. Cerca de 200 alunos lá dentro – é uma escola pequena para o padrão de nosso país, mas não para o deles – trabalhavam em pequenos grupos falando baixo, e totalmente concentrados em suas tarefas. O então coordenador da escola, professor José Pacheco, nos recebeu, pediu que nos dividíssemos em pequenos grupos e indicou um aluno para cada grupo para que nos apresentasse a escola. Na época, a escola trabalhava apenas com o ciclo 1, o que para nós equivale até a quarta série do ensino fundamental.
Pensam que os alunos nos apresentaram o ambiente físico? Que nada. Eles explicaram o projeto pedagógico lá praticado, e com uma clareza e compreensão de dar inveja a muito professor. E tratava-se de alunos com idade em torno dos 9, 10 anos.
Bem, hoje vou dar, resumidamente, as propostas gerais do projeto lá praticado: gestão democrática da escola em todos os níveis (professores, alunos e pais); busca de autonomia do aluno em sua relação com o conhecimento e com seu processo de desenvolvimento; o progresso pessoal dos alunos é sempre considerado no âmbito coletivo; todo tipo de aluno é incluído no processo escolar. O principal, entretanto, é a relação do professor com seu ofício.
Lá, os professores exercem sua autoridade com o objetivo de introduzir e manter os alunos numa convivência social justa e responsável pelo espaço público. É possível observar com clareza a forte e decisiva atuação dos professores que não têm constrangimento em exercer seu papel quando é necessário conter excessos dos alunos, cobrar as responsabilidades assumidas, exigir a concentração e o esforço necessários ao desenvolvimento nos estudos. Lá, o aluno tem liberdade para escolher o que e quando estudar; entretanto, não pode escolher não estudar. E são os professores que manejam o processo para que isso ocorra, mesmo e inclusive quando há dificuldades e obstáculos.
Há mais ou menos 30 anos, a Escola da Ponte era uma escola como outra qualquer que enfrentava problemas que conhecemos bem: alta rotatividade de professores, alunos desinteressados e com problemas de aprendizagem, alto índice de evasão escolar, baixo rendimento nas avaliações, alto índice de faltas de professores etc. Além disso, o prédio em que funcionava a escola não apresentava condições mínimas para receber os alunos e seus professores. Os alunos não tinham banheiro fechado, por exemplo.
O professor Pacheco, que dava aulas nessa escola, resolveu virar a mesa: passou a contatar os pais de seus alunos em busca de colaboração, a conversar com professores em busca de união e, pouco a pouco, nasceu o projeto que hoje lá é praticado. Conseguiu formar uma pequena equipe de professores e um pequeno grupo de pais que, comprometidos com a causa da educação, passaram a construir uma nova concepção de escola. Mas cabe ressaltar que pais e professores não confundem nunca o papel de cada um.
É preciso dizer que esse processo ocorreu em meio a muitas dificuldades, inclusive legais, porque a legislação portuguesa não dá autonomia alguma às unidades escolares, ao contrário da nossa, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
Os professores que passaram a formar a equipe construtora do projeto mudaram radicalmente a visão da educação escolar. A mudança mais importante que o projeto promoveu foi, sem dúvida, a ruptura com a organização escolar em classes seriadas. Essa medida provocou grandes mudanças: nenhum professor é responsável, sozinho, por uma turma, já que elas não existem. Toda a equipe docente é responsável, indistintamente, pelo desenvolvimento e acompanhamento do coletivo dos alunos.
Todo o conteúdo a ser cumprido, de todas as disciplinas, foi transformado em objetivos a serem alcançados com pesquisa orientada e exercícios. Dessa maneira, os professores não precisam dar aulas expositivas, a não ser quando um grupo de alunos solicita ajuda quando enfrenta dificuldades. Do mesmo modo, as avaliações ocorrem à medida que o aluno dá conta de seus objetivos: para passar adiante, ele precisa mostrar que aprendeu o que deveria. Vejam que isso permite que cada aluno se desenvolva segundo seu ritmo. E, na verdade, esse é o verdadeiro sentido da progressão continuada.
Há muitos dispositivos que dão suporte ao projeto da Escola da Ponte, e eles podem variar a cada ano letivo. Cito alguns exemplos: reuniões semanais de grupos de alunos com seu professor tutor, assembléia semanal de alunos, reunião semanal de professores, plano de trabalho dos alunos, grupos de responsabilidade, etc. Ainda voltarei a comentar melhor alguns dispositivos.
Quero falar ainda da definição, clara e transparente, do espaço escolar como público. É isso que permite que os alunos iniciem a travessia do percurso da vida em família à vida em sociedade. Tudo – eu disse tudo – o que acontece no cotidiano escolar é levado ao conhecimento de todos, que são chamados a se responsabilizar por tudo. O espaço é de todos, realmente: lá não há salas com portas fechadas. E é a atuação firme dos professores que faz com que o registro pessoal seja respeitado sem que o individual seja priorizado.
Contar a minha visão a respeito desse projeto é uma tarefa mais árdua do que imaginei. Por isso, terei que voltar várias vezes ao tema e, também, contar com a colaboração de vocês com pedidos de esclarecimentos, com discussões e questionamentos, ok?
Uma leitora do blog perguntou se considero a Escola da Ponte a escola ideal. Não, não a considero ideal, nem perfeita. Como qualquer outra escola enfrenta dificuldades, comete equívocos, se atrapalha e às vezes perde de vista seu projeto. O que me entusiasmou no projeto da Ponte foi a maneira radicalmente diferente de enfrentar os desafios que todas as escolas enfrentam.
O ponto fundamental do projeto é a equipe de professores. Eles trabalham em união, de forma solidária e co-responsável, expressam claramente suas discordâncias e conflitos em busca de negociação, dialogam sempre, criticam-se uns aos outros, se apóiam. A equipe toda se envolve com o trabalho e, com empenho e dedicação, tentam levar adiante o projeto. Trabalham com coleguismo verdadeiramente. Quando a equipe fraqueja, o projeto sofre.
Na segunda visita que fiz à escola, a presença de vários professores novos e a existência de rupturas entre membros da equipe tornaram a escola bem diferente. Já não havia o silêncio, a disciplina e a concentração necessária dos alunos porque os professores não exigiam tanto deles. Isso deixou ainda mais evidente o quanto é decisivo a atuação dos professores e quão fundamental é a adesão de todos eles ao projeto da escola.
Outro ponto que me conquistou foi o modo como a escola encara os problemas que enfrenta. Em vez de considerar que há alunos com problemas de aprendizagem, por exemplo, a escola assume que não sabe ensinar para qualquer tipo de aluno e busca novas maneiras de abordar a questão.
Finalmente, o projeto da Ponte soube inovar sem pressa e sem grandes anseios de resultados imediatos. É preciso lembrar que o projeto começou a ser construído mais ou menos há trinta anos, e continua em construção. Educação é um processo longo, não é?
É preciso reconhecer a coragem e a ousadia dos professores que participaram e ainda participam dessa empreitada. Eles precisaram encarar, em primeiro lugar, seus próprios conceitos e preconceitos e fazer uma rigorosa crítica a sua própria atuação para mudar aquilo que está tão solidificado.
A grande lição da Ponte é que qualquer escola pode ser diferente e praticar um bom ensino a seus alunos. Para tanto basta partir do princípio que todo tipo de aluno pode ser ensinado, que os professores da escola formem uma equipe, que construam seu próprio projeto – por isso o professor Pacheco fala que a Ponte não pode ter clones – e respondam por ele.
Pode parecer que na realidade brasileira isso não se aplica. Discordo. O projeto da Ponte foi construído considerando-se a realidade deles. Aqui, deve ser considerada a nossa realidade. Acompanhei de perto a instalação de um projeto inspirado (inspirado não é copiado) lá em uma escola pública aqui em São Paulo, com cerca de mil alunos. Professores que, inicialmente, estavam reticentes quanto às mudanças, no trajeto se entusiasmaram porque testemunharam os efeitos delas. Outros não aderiram ao projeto porque dizem, entre outras razões, que nossa realidade é diferente. Esse é o maior empecilho ao desenvolvimento de qualquer projeto.
Sim, nossa realidade é bem diferente. Então, uma pergunta: por que é que nos conformamos com esse modelo escolar que conhecemos e que não foi construído para a nossa realidade?
PS: Ainda há muito que falar a respeito dessa experiência, mas vou dar uma pausa no assunto para contemplar outros. Alguns leitores que conhecem a escola querem fazer seus comentários. Podem enviar que eu os publico, ok?
Escrito por Rosely Sayão
A experiência da Escola da Ponte
Muitos professores, em seus comentários, afirmam que eu não conheço a realidade escolar. Por que será que eles pensam assim? Será que é porque eu não aceito o modo de funcionamento atual e sei que é possível resolver a maior parte desses problemas basicamente assumindo uma outra posição ética e política?
Hoje vou começar a contar uma experiência escolar significativa que ocorreu em uma escola em Portugal e que tem inspirado algumas escolas daqui do Brasil – públicas, inclusive – a mudarem radicalmente seu trabalho. Trata-se da Escola da Ponte, uma escola pública portuguesa que fica em Vila das Aves, conselho de Santo Tirso, na cidade do Porto.
Quando estive lá pela primeira vez estava quase desistindo de trabalhar com educação. Na verdade, conhecer essa escola, para mim, era uma despedida do campo educacional. Estava muito desiludida com os rumos da educação, por isso cheguei a considerar uma mudança de rumo profissional. Após conhecer a escola e sua experiência, voltei atrás em minha decisão. Afinal, se é possível isso ocorrer em uma escola, pode acontecer em qualquer uma.
Eu conhecia pouca coisa a respeito da escola. Sabia apenas que era uma escola que desenvolvera um projeto inovador que lhe deu visibilidade internacional nos meios educacionais. Mas, do projeto em si, eu quase nada sabia. Havia lido um livro escrito pelo Rubem Alves a respeito da escola, mas confesso que não havia apreciado.
Bom, nessa minha primeira visita fui com um grupo de educadores e, assim que chegamos, antes mesmo de entrar na escola, me perguntei o que eu estava fazendo lá. A aparência da escola me deixou desiludida. É igual a uma escola pública daqui: um equipamento feio, mal cuidado, que em nada indica que esconde uma riqueza educacional escolar incrível em seu ambiente interno.
Assim que entramos, estranhei o silêncio. Cerca de 200 alunos lá dentro – é uma escola pequena para o padrão de nosso país, mas não para o deles – trabalhavam em pequenos grupos falando baixo, e totalmente concentrados em suas tarefas. O então coordenador da escola, professor José Pacheco, nos recebeu, pediu que nos dividíssemos em pequenos grupos e indicou um aluno para cada grupo para que nos apresentasse a escola. Na época, a escola trabalhava apenas com o ciclo 1, o que para nós equivale até a quarta série do ensino fundamental.
Pensam que os alunos nos apresentaram o ambiente físico? Que nada. Eles explicaram o projeto pedagógico lá praticado, e com uma clareza e compreensão de dar inveja a muito professor. E tratava-se de alunos com idade em torno dos 9, 10 anos.
Bem, hoje vou dar, resumidamente, as propostas gerais do projeto lá praticado: gestão democrática da escola em todos os níveis (professores, alunos e pais); busca de autonomia do aluno em sua relação com o conhecimento e com seu processo de desenvolvimento; o progresso pessoal dos alunos é sempre considerado no âmbito coletivo; todo tipo de aluno é incluído no processo escolar. O principal, entretanto, é a relação do professor com seu ofício.
Lá, os professores exercem sua autoridade com o objetivo de introduzir e manter os alunos numa convivência social justa e responsável pelo espaço público. É possível observar com clareza a forte e decisiva atuação dos professores que não têm constrangimento em exercer seu papel quando é necessário conter excessos dos alunos, cobrar as responsabilidades assumidas, exigir a concentração e o esforço necessários ao desenvolvimento nos estudos. Lá, o aluno tem liberdade para escolher o que e quando estudar; entretanto, não pode escolher não estudar. E são os professores que manejam o processo para que isso ocorra, mesmo e inclusive quando há dificuldades e obstáculos.
Há mais ou menos 30 anos, a Escola da Ponte era uma escola como outra qualquer que enfrentava problemas que conhecemos bem: alta rotatividade de professores, alunos desinteressados e com problemas de aprendizagem, alto índice de evasão escolar, baixo rendimento nas avaliações, alto índice de faltas de professores etc. Além disso, o prédio em que funcionava a escola não apresentava condições mínimas para receber os alunos e seus professores. Os alunos não tinham banheiro fechado, por exemplo.
O professor Pacheco, que dava aulas nessa escola, resolveu virar a mesa: passou a contatar os pais de seus alunos em busca de colaboração, a conversar com professores em busca de união e, pouco a pouco, nasceu o projeto que hoje lá é praticado. Conseguiu formar uma pequena equipe de professores e um pequeno grupo de pais que, comprometidos com a causa da educação, passaram a construir uma nova concepção de escola. Mas cabe ressaltar que pais e professores não confundem nunca o papel de cada um.
É preciso dizer que esse processo ocorreu em meio a muitas dificuldades, inclusive legais, porque a legislação portuguesa não dá autonomia alguma às unidades escolares, ao contrário da nossa, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
Os professores que passaram a formar a equipe construtora do projeto mudaram radicalmente a visão da educação escolar. A mudança mais importante que o projeto promoveu foi, sem dúvida, a ruptura com a organização escolar em classes seriadas. Essa medida provocou grandes mudanças: nenhum professor é responsável, sozinho, por uma turma, já que elas não existem. Toda a equipe docente é responsável, indistintamente, pelo desenvolvimento e acompanhamento do coletivo dos alunos.
Todo o conteúdo a ser cumprido, de todas as disciplinas, foi transformado em objetivos a serem alcançados com pesquisa orientada e exercícios. Dessa maneira, os professores não precisam dar aulas expositivas, a não ser quando um grupo de alunos solicita ajuda quando enfrenta dificuldades. Do mesmo modo, as avaliações ocorrem à medida que o aluno dá conta de seus objetivos: para passar adiante, ele precisa mostrar que aprendeu o que deveria. Vejam que isso permite que cada aluno se desenvolva segundo seu ritmo. E, na verdade, esse é o verdadeiro sentido da progressão continuada.
Há muitos dispositivos que dão suporte ao projeto da Escola da Ponte, e eles podem variar a cada ano letivo. Cito alguns exemplos: reuniões semanais de grupos de alunos com seu professor tutor, assembléia semanal de alunos, reunião semanal de professores, plano de trabalho dos alunos, grupos de responsabilidade, etc. Ainda voltarei a comentar melhor alguns dispositivos.
Quero falar ainda da definição, clara e transparente, do espaço escolar como público. É isso que permite que os alunos iniciem a travessia do percurso da vida em família à vida em sociedade. Tudo – eu disse tudo – o que acontece no cotidiano escolar é levado ao conhecimento de todos, que são chamados a se responsabilizar por tudo. O espaço é de todos, realmente: lá não há salas com portas fechadas. E é a atuação firme dos professores que faz com que o registro pessoal seja respeitado sem que o individual seja priorizado.
Contar a minha visão a respeito desse projeto é uma tarefa mais árdua do que imaginei. Por isso, terei que voltar várias vezes ao tema e, também, contar com a colaboração de vocês com pedidos de esclarecimentos, com discussões e questionamentos, ok?
Uma leitora do blog perguntou se considero a Escola da Ponte a escola ideal. Não, não a considero ideal, nem perfeita. Como qualquer outra escola enfrenta dificuldades, comete equívocos, se atrapalha e às vezes perde de vista seu projeto. O que me entusiasmou no projeto da Ponte foi a maneira radicalmente diferente de enfrentar os desafios que todas as escolas enfrentam.
O ponto fundamental do projeto é a equipe de professores. Eles trabalham em união, de forma solidária e co-responsável, expressam claramente suas discordâncias e conflitos em busca de negociação, dialogam sempre, criticam-se uns aos outros, se apóiam. A equipe toda se envolve com o trabalho e, com empenho e dedicação, tentam levar adiante o projeto. Trabalham com coleguismo verdadeiramente. Quando a equipe fraqueja, o projeto sofre.
Na segunda visita que fiz à escola, a presença de vários professores novos e a existência de rupturas entre membros da equipe tornaram a escola bem diferente. Já não havia o silêncio, a disciplina e a concentração necessária dos alunos porque os professores não exigiam tanto deles. Isso deixou ainda mais evidente o quanto é decisivo a atuação dos professores e quão fundamental é a adesão de todos eles ao projeto da escola.
Outro ponto que me conquistou foi o modo como a escola encara os problemas que enfrenta. Em vez de considerar que há alunos com problemas de aprendizagem, por exemplo, a escola assume que não sabe ensinar para qualquer tipo de aluno e busca novas maneiras de abordar a questão.
Finalmente, o projeto da Ponte soube inovar sem pressa e sem grandes anseios de resultados imediatos. É preciso lembrar que o projeto começou a ser construído mais ou menos há trinta anos, e continua em construção. Educação é um processo longo, não é?
É preciso reconhecer a coragem e a ousadia dos professores que participaram e ainda participam dessa empreitada. Eles precisaram encarar, em primeiro lugar, seus próprios conceitos e preconceitos e fazer uma rigorosa crítica a sua própria atuação para mudar aquilo que está tão solidificado.
A grande lição da Ponte é que qualquer escola pode ser diferente e praticar um bom ensino a seus alunos. Para tanto basta partir do princípio que todo tipo de aluno pode ser ensinado, que os professores da escola formem uma equipe, que construam seu próprio projeto – por isso o professor Pacheco fala que a Ponte não pode ter clones – e respondam por ele.
Pode parecer que na realidade brasileira isso não se aplica. Discordo. O projeto da Ponte foi construído considerando-se a realidade deles. Aqui, deve ser considerada a nossa realidade. Acompanhei de perto a instalação de um projeto inspirado (inspirado não é copiado) lá em uma escola pública aqui em São Paulo, com cerca de mil alunos. Professores que, inicialmente, estavam reticentes quanto às mudanças, no trajeto se entusiasmaram porque testemunharam os efeitos delas. Outros não aderiram ao projeto porque dizem, entre outras razões, que nossa realidade é diferente. Esse é o maior empecilho ao desenvolvimento de qualquer projeto.
Sim, nossa realidade é bem diferente. Então, uma pergunta: por que é que nos conformamos com esse modelo escolar que conhecemos e que não foi construído para a nossa realidade?
PS: Ainda há muito que falar a respeito dessa experiência, mas vou dar uma pausa no assunto para contemplar outros. Alguns leitores que conhecem a escola querem fazer seus comentários. Podem enviar que eu os publico, ok?
Escrito por Rosely Sayão
FILMES E LIVROS - EU QUERO
quarta-feira, 19 de março de 2008
Educação escolar reprovada
Outro dia, o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma reportagem bem interessante sobre educação. Adorei o título:
“As crianças já estão na escola; agora só falta elas aprenderem”.
A matéria trata dos problemas que ocorrem na escola pública. A classe média, em geral, não se preocupa com esse ensino porque seus filhos freqüentam escolas privadas. Mas, se considerarmos que a rede pública atende 90% dos alunos do ensino fundamental e 88% dos que freqüentam o ensino médio, essa passa a ser uma questão de todos. Afinal, se a maioria das crianças e jovens brasileiros se forma mal nas escolas, o país irá mal e a minoria ficará pior do que já está num futuro próximo. O futuro dos filhos da classe média também depende da qualidade do ensino das escolas públicas.
Há uma frase nessa matéria que é bem forte e vai direto ao ponto: “os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem”. É verdade. As constantes faltas dos professores, denunciadas pelos alunos, em matéria de hoje são negadas pelos diretores das escolas. Vai tudo bem; segundo eles, os alunos se enganaram. Isso não é puro fingimento?
A progressão continuada, que é encarada como aprovação automática, tornou-se o grande vilão da história. A Sylvia não disse que tem de ter um culpado para todos os problemas? Pois os professores já encontraram os culpados para o fracasso escolar. Nas escolas públicas é a progressão continuada, nas privadas é a pressão e o poder de intervenção dos pais dos alunos.
Mas, em escolas públicas há professores comprometidos com seu trabalho e, como conseqüência, alunos com bom aprendizado, e em escolas privada há professores que tratam seu trabalho com descaso e, portanto, seus alunos não aprendem bem. A questão escolar, em meu entendimento, concentra-se em dois pontos: o modo de funcionamento da escola e a formação dos professores, que precisam ter compromisso ético com seu trabalho.
Quando é que vamos nos implicar verdadeiramente com o problema da educação escolar?
Escrito por Rosely Sayão às 09h55
“As crianças já estão na escola; agora só falta elas aprenderem”.
A matéria trata dos problemas que ocorrem na escola pública. A classe média, em geral, não se preocupa com esse ensino porque seus filhos freqüentam escolas privadas. Mas, se considerarmos que a rede pública atende 90% dos alunos do ensino fundamental e 88% dos que freqüentam o ensino médio, essa passa a ser uma questão de todos. Afinal, se a maioria das crianças e jovens brasileiros se forma mal nas escolas, o país irá mal e a minoria ficará pior do que já está num futuro próximo. O futuro dos filhos da classe média também depende da qualidade do ensino das escolas públicas.
Há uma frase nessa matéria que é bem forte e vai direto ao ponto: “os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem”. É verdade. As constantes faltas dos professores, denunciadas pelos alunos, em matéria de hoje são negadas pelos diretores das escolas. Vai tudo bem; segundo eles, os alunos se enganaram. Isso não é puro fingimento?
A progressão continuada, que é encarada como aprovação automática, tornou-se o grande vilão da história. A Sylvia não disse que tem de ter um culpado para todos os problemas? Pois os professores já encontraram os culpados para o fracasso escolar. Nas escolas públicas é a progressão continuada, nas privadas é a pressão e o poder de intervenção dos pais dos alunos.
Mas, em escolas públicas há professores comprometidos com seu trabalho e, como conseqüência, alunos com bom aprendizado, e em escolas privada há professores que tratam seu trabalho com descaso e, portanto, seus alunos não aprendem bem. A questão escolar, em meu entendimento, concentra-se em dois pontos: o modo de funcionamento da escola e a formação dos professores, que precisam ter compromisso ético com seu trabalho.
Quando é que vamos nos implicar verdadeiramente com o problema da educação escolar?
Escrito por Rosely Sayão às 09h55
sexta-feira, 7 de março de 2008
"Bullying" e incivilidade
Categoria: Folha Equilíbrio
Escrito por Rosely Sayão
O "bullying" não é um fenômeno moderno, mas hoje os pais estão bem preocupados porque parece que ele se alastrou nos locais onde há grupos de crianças e jovens, principalmente na escola. Todos têm receio de que o filho seja alvo de humilhação, exclusão ou brincadeiras de mau gosto por parte dos colegas, para citar exemplos da prática, mas poucos são os que se preocupam em preparar o filho para que ele não seja autor dessas atividades.
Quando pensamos no "bullying", logo consideramos os atos violentos e agressivos, mas é raro que os consideremos como atos de incivilidade. Vamos, então, refletir a respeito desse fenômeno sob essa ótica.
Por que é que mesmo os adultos que nunca foram vítimas de atos de violência, como assalto ou furto, sentem uma grande sensação de insegurança nos espaços públicos? Simples: porque eles sentem que nesses locais tudo pode acontecer. A vida em comunidade está comprometida, e cada um faz o que julga o melhor para si sem considerar o bem comum.
Outro dia, vi uma cena que exemplifica bem essa situação. Em uma farmácia repleta de clientes, só dois caixas funcionavam, o que causou uma fila imensa. Em dado momento, um terceiro caixa abriu e o atendente chamou o próximo cliente. O que aconteceu? Várias pessoas que estavam no fim da fila e outras que aguardavam ainda a sua vez correram para serem atendidas. Apenas uma jovem mulher reagiu e disse que estavam todos com pressa e aguardando a sua vez. Ela se tornou alvo de ironias e ainda ouviu um homem dizer que "a vida é dos mais espertos".
Essa cena permite uma conclusão: a de que ser um cidadão responsável e respeitoso promove desvantagens. É esse clima que, de um modo geral, reina entre crianças e jovens: o de que ser um bom garoto ou aluno correto não é um bem em si. Além disso, as crianças e os jovens também convivem com essa sensação de insegurança de que, na escola, tudo pode acontecer. Muitos criam estratégias para evitar serem vistos como frágeis e se tornarem alvo de zombarias. Tais estratégias podem se transformar em atos de incivilidade.
A convivência promove conflitos variados e é preciso saber negociá-los com estratégias respeitosas e civilizadas. Muitos pais ensinam seus filhos a negociarem conflitos de modo pacífico e polido, mas muitos não o fazem. É preciso estar atento a esse detalhe. Aliás, costumo dizer que é nos detalhes que a educação acontece. Faz parte também do trabalho da escola esse ensinamento.
Aprender a não cometer atos de incivilidade diminuiria muito o "bullying". Para tanto, não se pode abandonar crianças ou jovens à própria sorte: é preciso a presença educativa e reguladora dos adultos. Isso vale, principalmente, nos horários escolares em que o fenômeno mais ocorre: na entrada, na saída e no recreio.
Escrito por Rosely Sayão
O "bullying" não é um fenômeno moderno, mas hoje os pais estão bem preocupados porque parece que ele se alastrou nos locais onde há grupos de crianças e jovens, principalmente na escola. Todos têm receio de que o filho seja alvo de humilhação, exclusão ou brincadeiras de mau gosto por parte dos colegas, para citar exemplos da prática, mas poucos são os que se preocupam em preparar o filho para que ele não seja autor dessas atividades.
Quando pensamos no "bullying", logo consideramos os atos violentos e agressivos, mas é raro que os consideremos como atos de incivilidade. Vamos, então, refletir a respeito desse fenômeno sob essa ótica.
Por que é que mesmo os adultos que nunca foram vítimas de atos de violência, como assalto ou furto, sentem uma grande sensação de insegurança nos espaços públicos? Simples: porque eles sentem que nesses locais tudo pode acontecer. A vida em comunidade está comprometida, e cada um faz o que julga o melhor para si sem considerar o bem comum.
Outro dia, vi uma cena que exemplifica bem essa situação. Em uma farmácia repleta de clientes, só dois caixas funcionavam, o que causou uma fila imensa. Em dado momento, um terceiro caixa abriu e o atendente chamou o próximo cliente. O que aconteceu? Várias pessoas que estavam no fim da fila e outras que aguardavam ainda a sua vez correram para serem atendidas. Apenas uma jovem mulher reagiu e disse que estavam todos com pressa e aguardando a sua vez. Ela se tornou alvo de ironias e ainda ouviu um homem dizer que "a vida é dos mais espertos".
Essa cena permite uma conclusão: a de que ser um cidadão responsável e respeitoso promove desvantagens. É esse clima que, de um modo geral, reina entre crianças e jovens: o de que ser um bom garoto ou aluno correto não é um bem em si. Além disso, as crianças e os jovens também convivem com essa sensação de insegurança de que, na escola, tudo pode acontecer. Muitos criam estratégias para evitar serem vistos como frágeis e se tornarem alvo de zombarias. Tais estratégias podem se transformar em atos de incivilidade.
A convivência promove conflitos variados e é preciso saber negociá-los com estratégias respeitosas e civilizadas. Muitos pais ensinam seus filhos a negociarem conflitos de modo pacífico e polido, mas muitos não o fazem. É preciso estar atento a esse detalhe. Aliás, costumo dizer que é nos detalhes que a educação acontece. Faz parte também do trabalho da escola esse ensinamento.
Aprender a não cometer atos de incivilidade diminuiria muito o "bullying". Para tanto, não se pode abandonar crianças ou jovens à própria sorte: é preciso a presença educativa e reguladora dos adultos. Isso vale, principalmente, nos horários escolares em que o fenômeno mais ocorre: na entrada, na saída e no recreio.
sábado, 1 de março de 2008
Ensinar a fazer perguntas certas
"Texto publicado originalmente no Folha Equilíbrio, escrito por Rosely Sayão"
Uma escola passou uma tarefa importante aos alunos da segunda série do ensino fundamental: elaborar a prova que eles mesmos fariam. A criançada ficou excitadíssima. A classe foi dividida em pequenos grupos, a professora apresentou as regras e colocou os alunos para trabalhar. As surpresas com que se defrontaram no processo foram muitas.
A primeira foi que eles não sabiam que, para fazer perguntas sobre um conteúdo, é preciso estudá-lo -e muito bem. Ponto para a escola, que soube dar mais valor às perguntas do que às respostas. Afinal, é exatamente isso que sustenta o aprendizado: ensinar a fazer perguntas certas. Além disso, a escola livrou os alunos da tradicional situação que costuma deixá-los estressados e não colabora com o processo de aprendizagem: as avaliações.
A segunda surpresa dos alunos foi descobrir que, para elaborar um trabalho, é preciso dedicação e paciência, pois é necessário fazer rascunhos, reavaliar o que foi feito, reconhecer as falhas do projeto e refazê-lo inúmeras vezes. E, de novo, a escola encontrou uma ótima maneira de ensinar isso. Convidou pais para que contassem como faziam seu trabalho.
Terceira descoberta dos alunos: os adultos, profissionais que são e que já passaram pela escola, também fazem rascunhos, despendem tempo e energia ao elaborar um trabalho e pesquisam, assim como erram e mudam muitas vezes o que já fizeram. E é sobre isso que vamos refletir.
Que conceito a respeito do conhecimento temos transmitido aos mais novos se eles se surpreendem quando percebem que estudar é uma tarefa que não termina nunca? Talvez seja necessário pensarmos melhor nisso, principalmente porque essa geração usa recursos tecnológicos diversos com muita facilidade. Assim é com o videogame, com o computador, com o telefone celular etc. Pode ser que estejamos permitindo que crianças e jovens tenham essa idéia do que seja aprender: um processo rápido, que começa e termina com uma brevidade incrível e que não exige dedicação, esforço, concentração, pesquisa e estudo constantes.
Os pais e professores sabem o tamanho da dificuldade que tem sido cobrar dos alunos e dos filhos uma atitude de apreço ao conhecimento. Eles, de modo geral, têm sido displicentes com tudo o que se refere aos estudos. Precisamos considerar a possibilidade de que isso possa ser resultado de uma grande falha nossa na formação intelectual deles. Mas a hipótese de que falta motivação para o estudo tem sido forte o suficiente para impedir que novas conjecturas sejam construídas. Uma possível é a de que o mundo adulto está tão indiferenciado do mundo infantil e jovem que permite aos mais novos se compararem aos adultos e acreditarem que estão no mesmo patamar no processo de aquisição do conhecimento.
Vejam a história que uma professora me contou. Em uma conversa com um aluno da quinta série que enfrenta dificuldades com a língua portuguesa, ela ouviu dele uma confissão: a de que estava desanimado com o estudo porque achava que nunca conseguiria escrever tão bem quanto ela. Ao explicar que para chegar a escrever como ela seria preciso muito exercício e muito tempo, ele perguntou, espantado, se não se aprendia a escrever bem de uma vez só. Não é interessante a pista que esse aluno nos dá? É a mesma dos que se surpreenderam com o trabalho de um profissional experiente ao executar sua função.
Mais importante do que cobrar êxito na vida escolar dos filhos é ensinar que estudo exige dedicação, esforço, concentração, organização e, principalmente, paciência e sacrifício também. Por que não?
Uma escola passou uma tarefa importante aos alunos da segunda série do ensino fundamental: elaborar a prova que eles mesmos fariam. A criançada ficou excitadíssima. A classe foi dividida em pequenos grupos, a professora apresentou as regras e colocou os alunos para trabalhar. As surpresas com que se defrontaram no processo foram muitas.
A primeira foi que eles não sabiam que, para fazer perguntas sobre um conteúdo, é preciso estudá-lo -e muito bem. Ponto para a escola, que soube dar mais valor às perguntas do que às respostas. Afinal, é exatamente isso que sustenta o aprendizado: ensinar a fazer perguntas certas. Além disso, a escola livrou os alunos da tradicional situação que costuma deixá-los estressados e não colabora com o processo de aprendizagem: as avaliações.
A segunda surpresa dos alunos foi descobrir que, para elaborar um trabalho, é preciso dedicação e paciência, pois é necessário fazer rascunhos, reavaliar o que foi feito, reconhecer as falhas do projeto e refazê-lo inúmeras vezes. E, de novo, a escola encontrou uma ótima maneira de ensinar isso. Convidou pais para que contassem como faziam seu trabalho.
Terceira descoberta dos alunos: os adultos, profissionais que são e que já passaram pela escola, também fazem rascunhos, despendem tempo e energia ao elaborar um trabalho e pesquisam, assim como erram e mudam muitas vezes o que já fizeram. E é sobre isso que vamos refletir.
Que conceito a respeito do conhecimento temos transmitido aos mais novos se eles se surpreendem quando percebem que estudar é uma tarefa que não termina nunca? Talvez seja necessário pensarmos melhor nisso, principalmente porque essa geração usa recursos tecnológicos diversos com muita facilidade. Assim é com o videogame, com o computador, com o telefone celular etc. Pode ser que estejamos permitindo que crianças e jovens tenham essa idéia do que seja aprender: um processo rápido, que começa e termina com uma brevidade incrível e que não exige dedicação, esforço, concentração, pesquisa e estudo constantes.
Os pais e professores sabem o tamanho da dificuldade que tem sido cobrar dos alunos e dos filhos uma atitude de apreço ao conhecimento. Eles, de modo geral, têm sido displicentes com tudo o que se refere aos estudos. Precisamos considerar a possibilidade de que isso possa ser resultado de uma grande falha nossa na formação intelectual deles. Mas a hipótese de que falta motivação para o estudo tem sido forte o suficiente para impedir que novas conjecturas sejam construídas. Uma possível é a de que o mundo adulto está tão indiferenciado do mundo infantil e jovem que permite aos mais novos se compararem aos adultos e acreditarem que estão no mesmo patamar no processo de aquisição do conhecimento.
Vejam a história que uma professora me contou. Em uma conversa com um aluno da quinta série que enfrenta dificuldades com a língua portuguesa, ela ouviu dele uma confissão: a de que estava desanimado com o estudo porque achava que nunca conseguiria escrever tão bem quanto ela. Ao explicar que para chegar a escrever como ela seria preciso muito exercício e muito tempo, ele perguntou, espantado, se não se aprendia a escrever bem de uma vez só. Não é interessante a pista que esse aluno nos dá? É a mesma dos que se surpreenderam com o trabalho de um profissional experiente ao executar sua função.
Mais importante do que cobrar êxito na vida escolar dos filhos é ensinar que estudo exige dedicação, esforço, concentração, organização e, principalmente, paciência e sacrifício também. Por que não?
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Aula da Lilian
Dia 26 de Março (Amanhã), levar artigo de revista para a aula da Lilian sobre qualquer assunto da nossa área, de preferência mas não obrigatório, relacionado a OE...aula com o André...
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
E-mail da prof. Verônica
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
Orientações gerais quanto ao registro das observações e das atividades de estágio:
1 – Caracterização do estabelecimento:
o Nome da escola
o Endereço e telefone
o Instituição mantenedora
o Nome da diretora
2 – Espaços físicos da escola e recursos pedagógicos:
o Descrição da estrutura física – o que tem e como é.
o A estrutura física da escola é adequada às necessidades dos alunos e professores?
o A estrutura existente é utilizada devidamente? Há sub-utilização desses espaços? Por que? Como?
o Quais são as formas de utilização dos espaços? (biblioteca, refeitório, parque, quadras, laboratórios de informática...).
o Quais os recursos pedagógicos utilizados e disponíveis? ( livros, computadores, tv, vídeo, brinquedos, jogos...) Quais são as formas de utilização desses recursos?
o Como é a estética da escola? O que chama mais a atenção? Quais são as cores mais presentes? E os cheiros, as texturas?
3 – Comunidade:
o Como é a comunidade (alunos e suas famílias) atendida pela escola, no que se refere à situação sócio-econômica, moradia, problemas enfrentados, profissão, nível de escolaridade das famílias.
o Quais os recursos disponíveis à comunidade existentes nosso bairros onde estas famílias moram (posto de saúde, projetos sociais e culturais, lazer, esporte...)?
o Como é a participação da comunidade na escola? Quais as formas de participação da comunidade na vida escolar, na organização e no trabalho da escola?
o Como é a relação escola-família?
o A escola tem Conselho? Qual a sua participação da organização e na gestão escolar?
*Ouvir diferentes vozes: professores, diretora, alunos, famílias, funcionários da escola.
4 – Organização:
o Equipe escolar (quem faz parte, número de funcionários):
o Horário de funcionários da escola
o Formas de gestão do trabalho pedagógico: como a escola se organiza no que refere às reuniões para planejamento e discussão do trabalho pedagógico (reuniões de http, TD).
5 – Projeto da escola:
o O documento com o Projeto Pedagógico está acessível?
o Qual a concepção de ensino da escola?
o Tem um método definido? Qual?
o Como organiza suas atividades curriculares? (Disciplinas, projetos?)
*Procure sempre estabelecer relação entre os assuntos abordados em nossas aulas com a sua pesquisa de campo.
6 – Atividades desenvolvidas pela(o) estagiária(o):
o Observação – o que observou concretamente, no que diz respeito ao trabalho pedagógico: planejamento, desenvolvimento, interação dos professores com os alunos, dos alunos entre si e com o conhecimento (numa perspectiva construtivista), estratégias usadas pelos professores, suas atitudes e posturas. Registrar o que “apareceu” de forma oculta, nos olhares, no silêncio, no caos, nas palavras...
o Participação – como contribuiu nas atividades da escola, em sala ou fora dela.
o Regência – o plano pretendido e o plano que de fato foi realizado, não esquecer da avaliação sobre aquilo que foi realizado, quais as repercussões e aquilo que foi percebido durante a prática.
Escrever, escrever...
EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
Orientações gerais quanto ao registro das observações e das atividades de estágio:
1 – Caracterização do estabelecimento:
o Nome da escola
o Endereço e telefone
o Instituição mantenedora
o Nome da diretora
2 – Espaços físicos da escola e recursos pedagógicos:
o Descrição da estrutura física – o que tem e como é.
o A estrutura física da escola é adequada às necessidades dos alunos e professores?
o A estrutura existente é utilizada devidamente? Há sub-utilização desses espaços? Por que? Como?
o Quais são as formas de utilização dos espaços? (biblioteca, refeitório, parque, quadras, laboratórios de informática...).
o Quais os recursos pedagógicos utilizados e disponíveis? ( livros, computadores, tv, vídeo, brinquedos, jogos...) Quais são as formas de utilização desses recursos?
o Como é a estética da escola? O que chama mais a atenção? Quais são as cores mais presentes? E os cheiros, as texturas?
3 – Comunidade:
o Como é a comunidade (alunos e suas famílias) atendida pela escola, no que se refere à situação sócio-econômica, moradia, problemas enfrentados, profissão, nível de escolaridade das famílias.
o Quais os recursos disponíveis à comunidade existentes nosso bairros onde estas famílias moram (posto de saúde, projetos sociais e culturais, lazer, esporte...)?
o Como é a participação da comunidade na escola? Quais as formas de participação da comunidade na vida escolar, na organização e no trabalho da escola?
o Como é a relação escola-família?
o A escola tem Conselho? Qual a sua participação da organização e na gestão escolar?
*Ouvir diferentes vozes: professores, diretora, alunos, famílias, funcionários da escola.
4 – Organização:
o Equipe escolar (quem faz parte, número de funcionários):
o Horário de funcionários da escola
o Formas de gestão do trabalho pedagógico: como a escola se organiza no que refere às reuniões para planejamento e discussão do trabalho pedagógico (reuniões de http, TD).
5 – Projeto da escola:
o O documento com o Projeto Pedagógico está acessível?
o Qual a concepção de ensino da escola?
o Tem um método definido? Qual?
o Como organiza suas atividades curriculares? (Disciplinas, projetos?)
*Procure sempre estabelecer relação entre os assuntos abordados em nossas aulas com a sua pesquisa de campo.
6 – Atividades desenvolvidas pela(o) estagiária(o):
o Observação – o que observou concretamente, no que diz respeito ao trabalho pedagógico: planejamento, desenvolvimento, interação dos professores com os alunos, dos alunos entre si e com o conhecimento (numa perspectiva construtivista), estratégias usadas pelos professores, suas atitudes e posturas. Registrar o que “apareceu” de forma oculta, nos olhares, no silêncio, no caos, nas palavras...
o Participação – como contribuiu nas atividades da escola, em sala ou fora dela.
o Regência – o plano pretendido e o plano que de fato foi realizado, não esquecer da avaliação sobre aquilo que foi realizado, quais as repercussões e aquilo que foi percebido durante a prática.
Escrever, escrever...
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Vai-Vai - Samba-Enredo 2008
Zé Carlinhos,nayo Denai,vagner Almeida E Danilo Alves
"Vai-Vai acorda Brasil"
Eu sou guerreiro de fé
Meu samba é no pé, sou Vai-Vai
Se quero axé meu manto traz
No branco a paz, no preto amor
Sou brasileiro e tenho meu valor
Desperta gigante, é novo amanhecer
A levada do meu samba, vai te enlouquecer (Meu
Brasil)
Esbanja talentos musicais, herança de gênios imortais
Do céu ecoam melodias, em sinfonias, que embalam meu
cantar
E "carinhosamente" a Bela Vista a desfilar vem
mostrar
Que um lindo sonho, nesta vida se torna real
Pra quem lutar, acreditar, buscar um ideal
Um lindo sonho, nesta vida se torna real
Pra quem lutar, acreditar num ideal
Alô Brasil, o nosso povo quer mais
Educação pra ser feliz!
Com união, vencer a corrupção
Passar a limpo este país!
Brilhou na arte a esperança
Iluminou as nossas vidas com o doce afã
De tocar, encantar, transformar as mentes do amanhã
Com o dom da musicalidade, "acordes com dignidade"
Vem ver, na grande ópera do carnaval
O bem vencendo o mal é a força da cidadania a trilhar
Vamos gritar aos quatro cantos desta pátria mãe
gentil
Pra sempre vou te amar, "ACORDA BRASIL"
Zé Carlinhos,nayo Denai,vagner Almeida E Danilo Alves
"Vai-Vai acorda Brasil"
Eu sou guerreiro de fé
Meu samba é no pé, sou Vai-Vai
Se quero axé meu manto traz
No branco a paz, no preto amor
Sou brasileiro e tenho meu valor
Desperta gigante, é novo amanhecer
A levada do meu samba, vai te enlouquecer (Meu
Brasil)
Esbanja talentos musicais, herança de gênios imortais
Do céu ecoam melodias, em sinfonias, que embalam meu
cantar
E "carinhosamente" a Bela Vista a desfilar vem
mostrar
Que um lindo sonho, nesta vida se torna real
Pra quem lutar, acreditar, buscar um ideal
Um lindo sonho, nesta vida se torna real
Pra quem lutar, acreditar num ideal
Alô Brasil, o nosso povo quer mais
Educação pra ser feliz!
Com união, vencer a corrupção
Passar a limpo este país!
Brilhou na arte a esperança
Iluminou as nossas vidas com o doce afã
De tocar, encantar, transformar as mentes do amanhã
Com o dom da musicalidade, "acordes com dignidade"
Vem ver, na grande ópera do carnaval
O bem vencendo o mal é a força da cidadania a trilhar
Vamos gritar aos quatro cantos desta pátria mãe
gentil
Pra sempre vou te amar, "ACORDA BRASIL"
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
CARNAVALLLLLL.....AÊÊÊÊÊ !!!!!!!!!!

É Carnaval.....uhuhuhuhuhuhuhuuuuu!!!!!!!!1
Aê galera!!
Bom carnaval para todas e lembrem-se:
- Tenha sempre em mãos as famosas camisinhas . Prevenir é melhor do que remediar, pois a alegria do Carnaval deve durar para sempre.
- Beba muita água e mantenha o seu corpo hidratado.
- Nunca misture bebidas destiladas com fermentadas.
- Se estiver na praia ou piscina, use filtro solar e não fique o tempo todo no sol. A noite espera por você com muita de energia.
- Evitem nadar após algumas cervejas e drinques. Água e bebida não combinam.
- Nunca dirija alcoolizado – sua vida e a dos outros vale ouro.
- Beba com moderação. Evite brigas e em caso de complicações, procure ajuda.
- Tome cuidado com as drogas.
- Evite usar lança-perfume, além de ser proibido, em certos casos podem acontecer arritmias, etc
- Recuperem-se na quarta, pois na quinta começam as aulas!!!!!!
é isso aí
bjinhos à todas!!!!
E até quinta!!!
Clau
sábado, 26 de janeiro de 2008
eu fui lá pra resolver minha gente
Me disseram o mesmo que pra Sarah: é só ligar ,nao precisa ir até la. É problema no sistema. Comigo,tudo resolvido.
Só espero que isso não volte a acontecer
Ninguém merece. Todo mundo ficou desesperado...
Eu quase arranquei os cabelos
hahahahahahahahahahah
Só espero que isso não volte a acontecer
Ninguém merece. Todo mundo ficou desesperado...
Eu quase arranquei os cabelos
hahahahahahahahahahah
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
DP..?? Estágio Supervisionado..??
Bom galerinha.. logo na minha 1ª postagem eu ja chego "chutando o pau da barraca"..
Adivinha??
DP em Estágio Supervisionado!!!!
Pois é, fui lá na UNIP (pq ela é tão desorganizada?) e eles disseram que TODOS os alunos de Pedagogia (de 2007) está com DP em Estágio Supervisionado, mas que não precisa ir até lá, basta ligar e passar o RA que eles pedem a regularização.
Ok?
Vocês querem o tel?
Não tenho... Entra lá no site e da uma olhada!
Quer o site?
Ah.. esse eu tenho!! rs http://www.unip.br
Beijos da Gorda Povo!!
Adivinha??
DP em Estágio Supervisionado!!!!
Pois é, fui lá na UNIP (pq ela é tão desorganizada?) e eles disseram que TODOS os alunos de Pedagogia (de 2007) está com DP em Estágio Supervisionado, mas que não precisa ir até lá, basta ligar e passar o RA que eles pedem a regularização.
Ok?
Vocês querem o tel?
Não tenho... Entra lá no site e da uma olhada!
Quer o site?
Ah.. esse eu tenho!! rs http://www.unip.br
Beijos da Gorda Povo!!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Oi Gentemmmmmmmmmmmmmm, ai que saudades de todas vocês, confesso que estou me sentindo um bicho aqui no blog, acostumada com a porcaria do Orkut...... Bjos prometo que vou tentar me acostumar.....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
domingo, 20 de janeiro de 2008
Aniversários

Quem quiser colocar a data de aniversário no comentário deste post, seria legal, pois todo mês vou colocar uma plaquinha com os aniversariantes do mês. Este mês estou colocando, mas só sei o da Cíntia e já passou, mas vai entrar...então para ficar bem atualizado o Blog, coloquem o dia de niver...bjinhos - Clau
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Estágio !!!!
Dica de estágio...
A escola Brasinha ou Lion, não sei direito qual unidade que está precisando, está selecionando estagiária. Quem se interessar mande um e-mail para a Sarah que é quem está dando a dica...
Segundo ano hein galera!!! Tá na hora de começar a pensar em estágio !!!!
Mande um curriculo para sosfonseca@hotmail.com
bjinhos
A escola Brasinha ou Lion, não sei direito qual unidade que está precisando, está selecionando estagiária. Quem se interessar mande um e-mail para a Sarah que é quem está dando a dica...
Segundo ano hein galera!!! Tá na hora de começar a pensar em estágio !!!!
Mande um curriculo para sosfonseca@hotmail.com
bjinhos
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Saraaaaaaaaaaaa com H....você não pede, vc manda!!! hehehe...até porque o Blog é da Sala....
"Os professores não são valorizados socialmente como merecem, não estão nos noticiários da TV, vivem no anonimato da sala de aula, mas são os únicos que têm o poder de causar uma revolução social. Com uma das mãos eles escrevem na lousa, com a outra, movem o mundo, pois trabalham com a maior riqueza da sociedade: a juventude. Cada aluno é um diamante que, bem lapidado, brilhará para sempre."
Trecho do livro "Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes - Augusto Cury"
Lindo, amei Sarah....
Cursando DP
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Não consegue fazer a rematricula pelo site??
Quem entrar no site para fazer a rematricula e aparecer a seguinte informação:
"Não é possível renovar sua matrícula. Por favor, compareça à secretaria de seu campus."
Entre em posição financeira, para ver se já entrou no sistema o pagamento de janeiro, porque eles estão bem lerdos para dar baixa...
O meu estava dando essa mensagem, mas ontem à noite consegui fazer, porque já estava constando como paga a parcela de janeiro...
Acho que pela reprova no estágio (um absurdo diga-se de passagem) não é, mas se alguém mesmo constando paga a mensalidade de janeiro não conseguir pelo site, deixe um post aqui...
bjinhos
"Não é possível renovar sua matrícula. Por favor, compareça à secretaria de seu campus."
Entre em posição financeira, para ver se já entrou no sistema o pagamento de janeiro, porque eles estão bem lerdos para dar baixa...
O meu estava dando essa mensagem, mas ontem à noite consegui fazer, porque já estava constando como paga a parcela de janeiro...
Acho que pela reprova no estágio (um absurdo diga-se de passagem) não é, mas se alguém mesmo constando paga a mensalidade de janeiro não conseguir pelo site, deixe um post aqui...
bjinhos
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Rematricula....
A matrícula para o próximo semestre ocorrerá de 15 a 26 de janeiro de 2008 e deverá ser feita via internet, pelo site da Secretaria OnLine. Para usufruir deste serviço, é necessário que você não esteja devendo nenhum documento, faça o aceite do contrato de prestação de serviços que estará disponível no site, opção "Matrícula Online", "Solicitar Matrícula", e esteja com todas as parcelas pagas, inclusive a 1ª parcela do 1º semestre de 2008.Na ocasião, se houver alguma disciplina em dependência que não queira cursar, faça primeiro o aceite da matrícula e, logo após a confirmação de sua solicitação em nossos sistemas, requeira o respectivo trancamento na opção "Solicitação de Serviços".Lembramos que, caso necessite emitir 2a via de algum boleto de mensalidade para posterior pagamento, sua matrícula só será liberada após o recebimento do comprovante de pagamento fornecido pela rede bancária, que poderá levar até dois dias úteis.
domingo, 13 de janeiro de 2008
Gente....o que significa isso???
Mais alguém olhou no site e estava assim? No menu de integralização curricular?
Estagio Supervisionado
REPROVADO
Esse estágio não é aquele que nós entregamos para a Lilian?
Eu entreguei....
buáááááá
Estagio Supervisionado
REPROVADO
Esse estágio não é aquele que nós entregamos para a Lilian?
Eu entreguei....
buáááááá
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Estamos apenas no começo....De uma graaande jornada!!
Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que se expresse sua opinião...Difícil é expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias...Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros.
Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir...Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma... Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado...Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece.
Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã...Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e as vezes impetuosas, a cada dia que passa.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar...Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar...Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Fácil é ditar regras e,Difícil é segui-las...
bjs a todas...
Clau
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias...Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros.
Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir...Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma... Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado...Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece.
Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã...Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e as vezes impetuosas, a cada dia que passa.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar...Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar...Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Fácil é ditar regras e,Difícil é segui-las...
bjs a todas...
Clau
Este Blog foi criado para postar assuntos importantes, deixar dicas de palestras, dias e matérias de provas, trabalhos e também para deixar recados para os amigos...Como o Blog é da Classe, estou adicionando quem estiver à fim de participar. Quem quiser, deixe o e-mail na postagem "autores do blog", que eu adiciono para que possam postar também....
Leiam até os mínimos detalhes porque tem bastante coisa importante e interessante, e qualquer dúvida deixe um comentário !!
Leiam até os mínimos detalhes porque tem bastante coisa importante e interessante, e qualquer dúvida deixe um comentário !!