Categoria: Folha Equilíbrio
Escrito por Rosely Sayão
Sobre a declaração de um professor na Bahia
Certamente, vocês souberam a respeito do coordenador de um curso de medicina da Bahia que, ao ser entrevistado a respeito da avaliação ruim do curso que dirigia, afirmou que a responsabilidade era dos alunos que, como baianos, apresentavam déficit intelectual. Além disso, atribuiu também parte da responsabilidade do mau desempenho da escola à política de cotas.
Pois bem: todos os que leram a matéria reprovaram o professor e o qualificaram como preconceituoso, acima de tudo. Por sinal, ele renunciou ao cargo e pediu desculpas públicas pelo que disse.
Esse fato, entretanto, pode muito bem servir para nos levar a uma reflexão já que a idéia expressa pelo professor tem amplitude bem maior do que parece. Na verdade, o que ele afirmou é um pensamento muito comum das escolas: elas sempre se consideram boas na educação que praticam e no ensino que ministram; ruins são os alunos, portanto, que não conseguem aproveitar o que elas oferecem. E isso não se restringe ao aprendizado, portanto à área cognitiva: refere-se também ao comportamento e às atitudes dos alunos.
É esse tipo de concepção que sustenta, por exemplo, tantos encaminhamentos especializados que a escola faz para seus alunos. É um tal de encaminhar alunos a tratamentos médico, psicológico, acompanhamento psicopedagógico, fonoaudiológico etc. que não tem fim. Isso sem falar da solicitação, aos pais, de aulas particulares. Por quê? Simples: porque tais alunos não conseguem aprender como deveriam – ou como a escola espera – ou porque não se comportam de modo adequado. Percebem, nessa questão, o mesmo pensamento do professor que proferiu a infeliz declaração?
Isso não significa que alguns – alguns! – alunos não se beneficiariam com algum tipo de acompanhamento ou tratamento, mas é prerrogativa dos pais tomarem a decisão. Afinal, ninguém é obrigado a considerar a psicoterapia, só para citar um exemplo, um instrumento eficaz para abordar determinadas dificuldades. Alguns pais preferem a homeopatia, outros a abordagem oriental etc. O que entra em jogo, nesses casos, são a cultura e a tradição familiar que a escola deve respeitar.
Essa concepção também é responsável pelo fato de a escola chamar os pais de muitos alunos para, além de “reclamar”, dar algumas orientações familiares. A escola espera que, ao intervir com os pais, o comportamento do aluno melhore no espaço escolar. A instituição, portanto, continua com a crença de que educa bem e, nesses casos, a família é que não o faz.
Creio que só esses dois aspectos levantados já nos permitem constatar que o que o professor de medicina da notícia referida fez nada mais foi do que dizer, em alto e bom som, o que a maioria das escolas pensa, mas não diz claramente: mostra nas entrelinhas de sua atuação.
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domingo, 11 de maio de 2008
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Leiam até os mínimos detalhes porque tem bastante coisa importante e interessante, e qualquer dúvida deixe um comentário !!
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