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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Infância preservada

Escrito por Rosely Sayão
Sobre o andamento da vida escolar dos filhos
“Tenho um filho de seis anos, nascido em agosto de 2001. Ele está no 2º ano e acho que está com muita dificuldade escolar. Gostaria de saber qual atitude tomar: retornar para o 1º ano, ou fazer novamente o 2º ano? Você acha que devo mudar de escola para ele não se sentir mal perante os amigos por voltar ao 1º ano?”

Escolhi esta mensagem de uma internauta porque ela chegou ao mesmo tempo em que outros pais me trouxeram questões bem semelhantes. Entre todas, levantei dois pontos em comum: as crianças têm até seis anos e as escolas delegaram a decisão aos pais. Por isso, vamos pensar a respeito.

Primeiro, vamos considerar a Educação Infantil. Que história é essa de passar a criança do G4 – denominação que muitas escolas usam para o grupo de alunos de quatro anos – para o G5 ou reter? E olhem que os argumentos usados são vários: ele será o mais novo ou mais velho, mais maduro ou imaturo da turma etc.

Gente, isso é pura insanidade porque mostra um modo de pensar a educação infantil como se fosse uma preparação para o ensino fundamental. Não é.

Na educação infantil não deve haver outra preocupação do que a de oferecer às crianças oportunidades e materiais para que brinquem e aprendam com as brincadeiras. Aprendam o quê? Não sabemos, não controlamos, não importa. De modo resumido: elas aprendem um pouco sobre a vida, as relações com seus pares, com outros adultos que não os da família, as normas de convivência num espaço comum etc.

Além disso, qualquer criança pode mudar rapidamente num curto espaço de tempo nessa idade: o garotinho que parece um bebê, em menos de um mês pode se transformar num moleque, por exemplo. O contrário também vale: uma criança madura pode passar a ter comportamentos aparentemente já superados. Esse desenvolvimento não linear é característica dessa idade.

Para falar bem a verdade, depois dos três anos e antes dos seis, todas as crianças poderiam freqüentar a mesma turma. O mesmo pode-se dizer a respeito de antes dos três anos. Ou seja: não deveria existir essa “seriação” na educação infantil.

Agora, não é demais que a escola delegue aos pais a decisão de reter, voltar ou adiantar a vida escolar do aluno? Essa responsabilidade deve ser dela já que é a escola que se relaciona com o aluno. Os pais se relacionam com os filhos e, por mais difícil que seja aceitar isso quando falamos a respeito de crianças, é preciso reconhecer: somos diferentes quando ocupamos papéis diferentes.

Como o filho de nossa leitora está em pleno processo de alfabetização – não sei se a nomenclatura que ela usa considera a duração de oito ou nove anos no ensino fundamental – é bom ter paciência e encorajar o filho nos estudos. Muitas crianças se alfabetizam em três meses, outras em oito, e o processo pode durar até doais anos, o que é aceitável.

Par finalizar nossa reflexão, uma frase de Guimarães Rosa que está em “Grande Sertão: Veredas”:

“...mire, veja: o mais importante do mundo é isto; que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.”

Escrito por Rosely Sayão
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